segunda-feira, 23 de setembro de 2024

📆 22 de Setembro de 2024 (Domingo)

 📆 22 de Setembro de 2024 (Domingo)

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XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM (Cor Verde - Glória, Credo, Prefácio dos Domingos do Tempo Comum)

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😇 Santos do dia 

SS. Maurício e Companheiros, soldados e mártires

S. Emérita, mártir, na via Ostiense

S. Basila, mártir, na via Salária Antiga

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⛪ Antífona de entrada:

A salvação do povo sou Eu, diz o Senhor: de qualquer tribulação em que clamarem por mim, eu os ouvirei e seri seu Deus para sempre.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, que resumistes toda a sagrada lei no amor a vós e ao próximo, concedei-nos que, observando os vossos mandamentos, mereçamos chegar à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - Sb 2,12.17-20

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✉ Leitura do Livro da Sabedoria.


Os ímpios dizem: 12 "Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18 Se, de fato, o justo é 'filho de Deus', Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro".


 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - Sb 2,12.17-20


 Reflexão - “justo ou ímpio?”


Todo homem que procura viver segundo a vontade de Deus e se ajusta ao Seu plano de salvação seguindo os Seus conselhos e ensinamentos, pode ser considerado justo. Por isso, o homem justo é considerado um homem santo e na Palavra está escrito que “os santos julgarão o mundo”, isto é, eles serão referenciais para o julgamento das pessoas que vivem de acordo com a mentalidade mundana. O homem ímpio, ao contrário, é aquele que se coloca no lugar de Deus e não está nem aí para os Seus mandamentos, pois ele mesmo quer ser senhor da sua história. Vemos nesta leitura que os ímpios, ou melhor, os que não têm o pensamento de Deus, sempre procurarão de todas as formas, armar ciladas àqueles que se opõem ao modo de agir que o mundo ensina. O homem justo está sempre sendo provado e purificado pelas circunstâncias da sua escolha por Deus. Sua serenidade e paciência são postas à prova a todo o momento da sua vida, porém, com ele está a proteção de Deus que o livra do Mal maior que é o Inimigo, cultivador do pecado. Deste modo, não devemos nos desviar da justiça por causa das implicações a que o mundo nos condena. Tenhamos a certeza de que as provas e os testes estarão sempre presentes na nossa caminhada em busca da santidade, mas que em todos eles há Alguém que virá em nosso socorro.

- Você confia no auxílio de Deus quando o mundo todo o (a) questiona ou se rende aos apelos do mundo para não ser perseguido (a)?

- Você acha que vale a pena permanecer firme no seguimento da Palavra de Deus, mesmo quando ninguém o (a) compreende?


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📖 Salmo - 53(54)


🗣 É o Senhor quem sustenta minha vida!

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1⃣ Por vosso nome, salvai-me, Senhor; e dai-me a vossa justiça! Ó meu Deus, atendei minha prece e escutai as palavras que eu digo! 🗣

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2⃣ Pois contra mim orgulhosos se insurgem, e violentos perseguem-me a vida: não há lugar para Deus aos seus olhos. Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida! 🗣

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3️⃣ Quero ofertar-vos o meu sacrifício de coração e com muita alegria; quero louvar, ó Senhor, vosso nome, quero cantar vosso nome que é bom! 🗣

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 ↪ Salmo - 53(54)


 Reflexão - “A certeza de que é o Senhor quem sustenta a nossa vida é o que nos dará forças para continuar perseguindo a justiça. Nunca poderemos desistir de sermos fiéis ao plano de santidade do Pai, porque confiamos no Seu auxilio. Ao invés de desistirmos, devíamos sempre fazer como o salmista: clamar aos céus, através da oração a capacidade de sermos justos e continuarmos firmes a nossa peregrinação.”


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📖 2a Leitura - Tg 3,16-4,3

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✉ Leitura da Carta de São Tiago.


Caríssimos: 3,16 Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. 17 Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18 O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz. 4,1 De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2 Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3 Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.


 Palavra do Senhor.


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↪ 2a Leitura - Tg 3,16-4,3


 Reflexão - “O fruto da justiça é semeado na paz.”


Todos nós somos chamados (as) a ser promotores da paz. Em vista disso, São Tiago nos garante que “o fruto da justiça é semeado na paz”. Por isso, na nossa experiência de vida e diante dos acontecimentos do mundo percebemos que tudo o que é disputado com sentimentos de inveja e de rivalidade, acaba levando à derrota. As contendas, as guerras, as brigas não nos levam a nada, pelo contrário, nos conduzem sempre a um final infeliz. Se nós, homens e mulheres, compreendêssemos isto, não perderíamos nosso tempo com litígios e a nossa história seria outra, completamente diferente. A sabedoria de Deus é quem pode nos orientar na hora das nossas pretensões, porque ilumina os nossos passos para o bom termo nas nossas reivindicações. As nossas ações de conciliação, de misericórdia, sem parcialidade e sem fingimento são sinais de sabedoria. Se, queremos ser justos (as) e perseguir a santidade precisamos mudar o nosso espírito de julgamento e de discórdia e abolir as paixões desordenadas pelos interesses mesquinhos que cultivamos dentro de nós e nos tiram a paz. Na maioria das vezes não somos atendidos nos nossos pedidos porque não sabemos pedir o que nos convêm, mas o que nos dá prazer. Assim sendo, precisamos também aprender a fazer pedidos coerentes com a vontade de Deus e não somente para esbanjar nos nossos deleites! Antes de tudo, devemos pedir ao Senhor que nos preencha com o Seu Espírito Santo e nos dê sabedoria para fazer sempre a Sua vontade que consiste em que a paz esteja sempre na dianteira das nossas ações.

- O que você tem pedido ao Senhor nas suas súplicas, será mesmo o que convêm para a sua vida?

- O que você tem cultivado no seu coração: a guerra ou a paz?

- Qual é a sua grande ambição?


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🍞🍇 Evangelho - Marcos 9,30-37

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. (2Ts 2, 14)


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Marcos.


Naquele tempo, 30 Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31 pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará". 32 Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33 Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: "O que discutíeis pelo caminho?" 34 Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35 Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!" 36 Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37 "Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou".


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 "Quer ser grande? Seja pequeno!”


O Evangelho deste domingo é tirado do evangelho de São Marcos, capítulo 9, versículos de 30 a 37. Vocês se lembram de domingo passado, em que houve a profissão de fé de São Pedro. São Pedro respondeu à pergunta de Jesus: “Quem dizem que eu sou?”, e São Pedro disse: “Tu és o Messias”. Nós sabemos pelo evangelho de São Mateus que isso causou uma reação em Jesus bastante importante, uma reação em Jesus até surpreendente. Jesus ficou alegre, feliz e disse: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de João, porque não foi nem a carne nem o sangue que te revelou isso, mas foi o meu Pai do céu”. Então, ali, Jesus diz para Pedro: “Pedro, tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja”.

Por que eu estou recordando essa passagem do evangelho de São Mateus? “Nós estamos lendo São Marcos, padre!” Sim, mas eu quero que vocês notem que, de alguma forma, aqui, Jesus está colocando São Pedro em primeiro lugar, ou seja, ele é o príncipe dos Apóstolos. Em todas as listas dos Apóstolos — é interessante —, São Pedro aparece em primeiro lugar. Depois que passou essa cena, Jesus foi e anunciou pela primeira vez que ele iria morrer crucificado e ressuscitar ao terceiro dia. Ninguém entendeu nada. São Pedro até quis dar um conselho a Jesus para cair fora. Jesus então, severamente, olha para Pedro e diz: “Afasta-te, satanás”.

Depois, Jesus pegou os seus Apóstolos preferidos, Pedro, Tiago e João, e os levou para a montanha, e lá ele se transfigurou. Ele se transfigurou diante dos três, desses três preferidos. Jesus desce da montanha, cura o menino epilético… (Estou contando a história para você de tudo o que aconteceu). E aí, agora, no caminho para Cafarnaum, Jesus outra vez fala que ele vai morrer crucificado e ressuscitar ao terceiro dia. Quando chega a casa, Jesus pergunta para eles: “O que vocês vinham conversando no caminho?” Eles se sentiram envergonhados de responder para Jesus. Por quê? Porque eles vinham conversando no caminho quem é que ia ocupar o primeiro lugar.

Você vai dizer assim: “Padre, que conversa boba! Por que eles fizeram isso?” Bom, talvez a gente tenha uma explicação exatamente nos acontecimentos. São Pedro ouve de Jesus: “Tu és pedra”. Nossa! Parece que São Pedro é o primeiro! Mas aí Jesus chama-o de satanás. Ah! bom, então talvez não seja São Pedro! Mas aí Jesus sobe na montanha e, quando sobe na montanha, ele sobe com os três, Pedro, Tiago e João. Opa! Tiago e João estão se perguntando: “Será que sou eu, então?” “Não, vou ser eu, Tiago! “Não, vou ser eu, João, que vou ocupar o primeiro lugar”. 

Há outra cena do Evangelho que fala exatamente da mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, perguntando para Jesus e pedindo: “Olhe, quando vier o seu reino, faça os meus filhos ocuparem o primeiro lugar”. Jesus está dando sinais com relação a Pedro, Tiago e João, e começa a fazer surgir no coração dos outros Apóstolos essa pergunta: “Quem vai ser o primeiro? Quem vai ser o primeiro? Quem vai ocupar os primeiros lugares?” Então vem a resposta de Jesus. A resposta de Jesus é uma resposta — digamos assim — surpreendente. Ele diz: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”.

Sabe de quem Jesus está falando aqui? Bom, primeiro, Jesus está falando de si mesmo. Ele está falando… dele! Quem é o último de todos e o que serve a todos? “O Filho de Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida por muitos”. Jesus também está falando de Nossa Senhora. Sim, Jesus está falando da Virgem Maria. Quem é a primeira no reino de Deus, depois de Jesus? Olhe para Nossa Senhora. Ela é a última de todos, é aquela que serve a todos. Ela nem aparece direito nos evangelhos. É ela quem está lá, dando a vida e se entregando. Então, é esse o caminho. 

Você vai perguntar assim: “Mas como assim? Como, na prática?” Jesus então dá um exemplo prático. Ele pega uma criança, coloca no meio deles, abraça a criança e diz: “Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que está acolhendo, e quem me acolher está acolhendo não a mim, mas àquele que me enviou”. Sabe o que Jesus está fazendo? Jesus está dizendo assim: “Olhem, deixa eu mostrar para vocês na prática o que quer dizer ‘ser o último de todos’ e ‘aquele que serve a todos’”.

Na sociedade da época de Jesus (como, aliás, em qualquer sociedade de todos os tempos), servir uma criança é um ato de humildade. Sim, claro. Por exemplo… Existem algumas sociedades, por exemplo, em que o homem, o pai de família, nem sequer toca na criança, não fica segurando a criança no colo, não vai lá trocar a fralda da criança porque isso é um trabalho, uma humilhação, isso é “serviço da mulher. Mas, vejam só, acolher uma criança, servir uma criança é um trabalho humilde. Não é à toa que no mundo atual (por exemplo, quando há essas ondas de feminismo etc.), a primeira coisa que as mulheres querem para mostrar que são “super-poderosas” — o “empoderamento” da mulher — é ver a mulher se livrar desse serviço humilde que é servir as crianças. Ser mãe é um serviço humilde. É serviço humilde você trocar as fraldas de uma criança, você limpar a sujeira da criança, você educá-la.

Mas o que acontece? Pois é desse serviço humilde que Jesus está dizendo: “Olhe, se você fizer isso, acha que está se diminuindo? Se você fizer isso, acha que está acabando com você? Não, pelo contrário. Pare com isso. Você está se realizando, está dando sentido para a sua vida. Se você tem a quem servir, sua vida tem sentido”. 

Eu fico pensando assim: por que hã tanta gente hoje em dia, principalmente entre os adolescentes, rapazes e moças, que depois ficam pensando em se matar, pensando em se cortar, ficam se cortando, pensando em tirar a vida? Por quê? Porque quiseram colocar na cabeça deles que: “Não, vocês são especiais, vocês não vieram a esse mundo para servir os outros”. Aí acabou o sentido da vida. Se você não tem a quem servir, você não tem por que levantar da cama de manhã; se você não tem a quem servir, você não tem um projeto.

Pois bem, nós viemos a esse mundo — deixe-me dizer para você —, nós viemos a esse mundo para amar e servir Jesus. E como a gente vai amar e servir Jesus na prática, no mundo real, na realidade, não na teoria? Você vai amar e servir a Jesus na humildade de servir os pequeninos, os irmãos, e ver Jesus nessas pessoas. Você tem de ter essa capacidade sobrenatural de ver Jesus. 

Vamos lá, vamos entender isso na realidade. Eu quero que você, aqui, receba de Jesus a graça de ser curado de uma ignorância, de uma ignorância que está impedindo você de chegar à realidade. Você tem de pedir a Deus: “Meu Deus, tira as escamas dos meus olhos para que eu enxergue”; “Domine, ut videam”, “Senhor, que eu veja”. O que você precisa ver? 

Vamos lá. Primeiro ponto. Jesus está tentando explicar para os seus Apóstolos queridos, Pedro, Tiago e João, que Ele realmente vai morrer: Ele vai ser entregue na mão dos homens, que irão matá-lo, e que irá ressuscitar ao terceiro dia. Ele está mostrando o quanto vai se fazer pequenino, o quanto ele vai servir. “O Filho de Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”. A morte de Jesus é uma morte serviçal, é uma morte redentora. Jesus, humildemente, quer lavar nossas sujeiras, como o escravo que lava os pés sujos do seu senhor numa bacia. Jesus fez esse gesto na Última Ceia para explicar o que ele ia fazer na Cruz. 

Jesus, na Cruz, lavou os nossos pecados. Ou seja: o que ele estava fazendo lá era o serviço humilde do escravo de se rebaixar para lavar a sujeira. Qual é a nossa maior sujeira? Simbolizada ali pelos pés dos discípulos que Jesus está lavando, a nossa maior sujeira é o nosso pecado. Jesus não teve nojo dos nossos pecados. Ele se rebaixou para, com o seu Sangue, lavar nossos pecados na cruz. Foi doloroso, foi tremendo, foi dramático, foi injusto, mas é de lá que brotou a salvação!

Jesus está tentando dizer isso para os Apóstolos. Jesus está tentando mostrar: “Olhe, existe uma figura no Antigo Testamento que fala do Servo sofredor”. Nós vimos o cântico do Servo sofredor no domingo passado, na primeira leitura. A primeira leitura deste domingo é do Livro da Sabedoria, falando do justo: que armam ciladas para o justo para matá-lo etc., que o pessoal não suporta ver o justo… Jesus está dizendo: “Vejam, tudo isso era previsto nas profecias: sou eu”. Qual é a reação dos discípulos? “Os discípulos, porém, não compreendiam essas palavras, e tinham medo de perguntar”.


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 21 de Setembro de 2024 (Sábado)

 📆 21 de Setembro de 2024 (Sábado)

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SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA, festa (Cor Vermelho - Ofício Festivo Comum dos Apóstolos - Glória, Prefácio dos Apóstolos I ou II)

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😇 Santos do dia 

S. Mateus, apóstolo e evangelista

S. Pânfilo, mártir, na via Salária Antiga

S. Efigênia

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⛪ Antífona de entrada:

Ide e fazei discípulos todos os povos, batizando-os e ensinando-lhes a observar tudo o que vos mandei, diz o Senhor.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, na vossa inefável misericórdia, escolheste o publicano Mateus para ser Apóstolo; apoiados em seu exemplo e intercessão, mereçamos seguir-vos e permanecer firmemente unidos a vós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - Efésios 4,1-7.11-13

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✉ Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.


Irmãos, 1 eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2 Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3 Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. 7 Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. 11 E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. 12 Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, 13 até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude.


 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - Efésios 4,1-7.11-13


 Reflexão - “A vocação para a santidade é o amor.”


Todos nós recebemos no nosso Batismo a vocação para a santidade, e, sabemos que estamos caminhando na santidade, quando abraçamos a vocação do amor. Por isso, todos nós que desejamos seguir a Jesus Cristo para ser santo como Ele é, devemos perseguir a humildade, a mansidão, a paciência e o amor.  Estas, portanto, são as características próprias da vocação a que todos nós fomos chamados (as), a fim de formar a unidade no vínculo da paz. A paz é o sinal de que o Espírito Santo nos dá para revelar ao mundo que entre nós existe unidade. Recebemos um só Batismo, fomos consagrados (as) a um Só Senhor, somos chamados (as) por um só Deus e Pai a uma só esperança. Vivemos na mesma fé, portanto fazemos parte do mesmo Corpo. Neste Corpo somos muitos membros e em nós a graça de Deus age de acordo com a capacidade que Cristo, a Cabeça do Corpo, nos dá. O Espírito Santo é quem age e faz! É Ele quem nos torna capazes de caminhar com toda a humildade, mansidão, dando suporte uns aos outros com paciência e no amor. Somos como que uma orquestra regida com perfeição por um Maestro que conhece todos os acordes do nosso coração e, por isso, unidos, executamos para o mundo ouvir, a Sinfonia da Paz que vem do Amor de Deus. 

- Você tem plena consciência de que é um tijolo na construção de um reino de paz? 

- Você tem feito o seu papel dentro da sua família e na comunidade? 

- O que você entende por “suportai-vos uns aos outros”?  

- Como estão os seus relacionamentos familiares?


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📖 Salmo - 18(19A)


🗣 Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

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1⃣ Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. 🗣

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2⃣ Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. 🗣

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 ↪ Salmo - 18(19A)


 Reflexão - “Os céus proclamam a glória do Senhor! Se olharmos para o alto e contemplarmos a obra das mãos do Senhor, nós contemplaremos a glória de Deus que nos comunica a unidade da paz. Deus criou o mundo e tudo o que nele há para todos nós, para que vivamos desde já a eternidade que é o amor vivendo sempre em nós e através de nós. A voz de Deus ressoa através da Sua criação e nos conclama a usufruirmos de tudo o que para nós é providenciado, vivenciando a partilha, a solidariedade, nunca, porém, sozinhos (a) porque assim não somos nada.”


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🍞🍇 Evangelho - Mateus 9,9-13

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva, ó Senhor, o coro dos apóstolos.


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Mateus.


Naquele tempo, 9 Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10 Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?" 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13 Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores".


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 "Ele tinha tudo para não se converter...”


Com alegria celebramos hoje a festa de São Mateus, Apóstolo e evangelista. São Mateus, primeiro dos evangelistas, é um Apóstolo a quem Jesus verdadeiramente chamou para a conversão. Quem era São Mateus? São Mateus era cobrador de impostos. Para nós, isso não significa muita coisa. Um cobrador de impostos, para nós, é simplesmente um funcionário público que trabalha na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda, ou alguma coisa assim. Não na época de Jesus. Na época de Jesus, o povo de Israel fora invadido pelos romanos e vivia numa espécie de cativeiro, por isso havia muita revolta religiosa e popular contra os romanos. Os judeus esperavam que viesse o Messias para libertá-los do poder dos invasores. Acontece que, como em todo governo, o governo, para governar, seja ele democrático, seja ele ditatorial, vive da cobrança de impostos. Assim também o Império Romano.

Ora, pagar impostos ao Império Romano era visto por muitas pessoas como “colaboracionismo”, ou seja, uma traição, um crime de lesa-pátria. Além disso, os impostos eram cobrados de forma que o cobrador tinha nisto um trabalho altamente lucrativo. Os romanos chegavam para o coletor de impostos e diziam: “É o seguinte: ano que vem, você vai ter de me entregar”, por exemplo, “um milhão de reais. Agora se vire”. Então, o coletor de impostos montava a banca, e as pessoas tinham de ir até ele para receber um certificado de que estavam quites. Mas havia muita injustiça na cobrança porque o coletor poupava os amigos, e cobrava mais dos inimigos. Havia também muita arbitrariedade, e não somente isso: o cobrador defraudava o povo porque tinha a obrigação perante os romanos de entregar a quantia preestabelecida. Muitos porém cobravam um milhão e meio e embolsavam este meio milhão em enriquecimento ilícito. Essa era a situação dos cobradores de impostos que, na linguagem tradicional, são chamados publicanos. Quando se lê na a palavra “publicano”, é preciso saber que se trata de um cobrador de impostos como o descrito acima.

Era, em resumo, uma espécie de traidor, por colaborar com aqueles que estavam oprimindo os judeus. Na verdade, ele mesmo oprimia defraudando o povo, já que tinha o poder de impor a cobrança. Se alguém se recusasse a pagar o que era exigido, ele podia mandar os soldados romanos prenderem o “sonegador”. Tinha um poder também coercitivo. Conseguia fazer com que as pessoas realmente lhe obedecessem. Não é preciso muito para imaginar que os publicanos eram figurinhas — por assim dizer — odiosas, ou seja, o povo não tinha nenhum carinho por eles. Só eram amigos de um publicano seus próprios cúmplices, isto é, os apaniguados, os “chegados”, os que saíam no lucro junto com ele.

Pois bem, Mateus era publicano. Agora se entende o tamanho do “rolo” e da confusão! Jesus não está convertendo qualquer um, mas uma pessoa de vida altamente comprometida com o pecado. Ou seja, a conversão de Mateus custou muito ao próprio Mateus porque, no fundo, há dois tipos de conversão. Há, em primeiro lugar, a conversão dos que vivem uma vida tão miserável, que eles mesmos se dão conta, como o filho pródigo: “Poxa vida, estou no meio da desgraça, querendo comer comida de porco. Vou voltar para a casa do pai”. Qual foi o primeiro instrumento que Deus usou para a conversão do filho pródigo? Foi a desgraça. Sim, Deus usa a desgraça, e a pessoa cai em si; nessa hora, ela recebe a luz do Espírito Santo, que a faz clamar: “Vou voltar para a casa do pai”.

Ora, o que é admirável na conversão de São Mateus? É o fato de que ele não vivia em desgraça. Mateus, assim como Zaqueu, outro cobrador de impostos, era homem de posses: estava na “crista da onda”, no topo da carreira, muito bem arranjado. Mas eis aqui maravilha, o milagre da graça, a conversão de São Mateus! Um homem sentado na coletoria de impostos ouve Jesus dizer-lhe: “Segue-me”. É extraordinário! Mateus se levantou e seguiu Jesus imediatamente. É um milagre maior do que levantar um paralítico da cama, maior do que ressuscitar um morto. Jesus tirou do pecado uma alma que estava ganhando tudo com o pecado, sem perder nada (além da vida eterna)! O pecado, em outras palavras, era ótimo para Mateus.

Mas Jesus lhe disse “Segue-me”. Como isso aconteceu no coração de São Mateus? Embora ele tivesse tudo externamente, havia, sim, dentro do coração dele uma voz de Deus que já o chamava, que já o inquietava. Mateus estava só à espera de que algum voz externa a confirmasse. É impressionante aquele quadro de Caravaggio que está em Roma, na igreja de São Luís dos Franceses. Nele, o pintor retrata a conversão de Mateus. Mateus está no escuro, sentado na coletoria de impostos, numa sala na penumbra; de repente, entra Jesus pela porta, e toda luminosidade do quadro vem dele e de uma janela. Aquele raio de luz entra, bate na mesa e ilumina Mateus; Jesus então aponta para ele, e Mateus, com cara de interrogação, aponta para si mesmo como quem diz: “Eu, Mestre?”, “Sim, tu. Segue-me”. Aquele dedo com que Mateus aponta para si mesmo significa que ele já estava ouvindo a palavra interior, e o chamado exterior de Jesus o fez enxergar o Logos divino, a Palavra eterna que já lhe falava ao coração.

Qual é a aplicação disso? Pode ser que estejamos na desgraça por causa do pecado, ou numa vida “bem boa” também por causa dele… Seja qual for a nossa situação de vida, dentro de nós há uma Palavra que diz: “Segue-me”. Os pregadores estão aqui fora fazendo o mesmo papel de Jesus dois mil anos atrás. Só estão verbalizando por fora para que prestemos atenção ao que Deus nos fala por dentro. Sim, dentro do nosso coração há alguém dizendo: “Deixa o pecado, sai dessa vida, vem me seguir”. Que ouçamos essa Palavra e nos convertamos como o glorioso Apóstolo São Mateus.


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 20 de Setembro de 2024 (6a Feira)

 📆 20 de Setembro de 2024 (6a Feira)

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SEXTA-FEIRA DA XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor Vermelho - Santo André Kim Taegon, presbítero, Paulo Chong Hasang e companheiros, mártires, memória - Prefácio Comum ou dos Mártires)

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😇 Santos do dia 

SS. André Kim Tae-gon, presbítero, e Paulo Chong Ha-sang e Companheiros, mártires coreanos

S. Eustáquio, na sua igreja

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⛪ Antífona de entrada:

Os santos mártires derramaram o seu sangue por Cristo na terra; por isso alcançaram o prêmio eterno.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, vos dignastes multiplicar filhos adotivos no mundo inteiro e tornastes o sangue dos Santos mártires André e seus companheiros uma fecunda semente de cristãos; concedei que cada vez mais sejamos fortalecidos por seu auxílio e revigorados por seu exemplo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios 15,12-20

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, 12 se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dizer entre vós que não há ressurreição dos mortos? 13 Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. 14 E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e a vossa fé é vã também. 15 Nesse caso, nós seríamos testemunhas mentirosas de Deus, porque teríamos atestado - contra Deus - que ele ressuscitou Cristo, quando, de fato, ele não o teria ressuscitado - se é verdade que os mortos não ressuscitam. 16 Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. 17 E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. 18 Então, também os que morreram em Cristo pereceram. 19 Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos - de todos os homens - os mais dignos de compaixão. 20 Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram.

 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios 15,12-20


 Reflexão - “a ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa fé.”


Nesta carta São Paulo afirma com toda a convicção para aqueles que negavam a Ressurreição de Jesus: “Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados”.  A fé de que Jesus ressuscitou como primícias para a nossa ressurreição é a nossa motivação para esperarmos uma vida em plenitude depois da nossa morte. Portanto, a ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa fé e é o nosso estandarte para que continuemos caminhando com esperança, enfrentando os desafios da nossa vida. A nossa esperança não se firma na vida terrena, pois esperamos a vida eterna conquistada para nós por Jesus. A nossa alma não morrerá e continuaremos com os atributos que nos fazem imagem e semelhança de Deus: vontade, memória, imaginação, afetividade, inteligência. É muito importante para a nossa caminhada espiritual que estejamos consolidados (as) nesta verdade: “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”. Assim, portanto, seremos capazes de realizar grandes coisas, pois estamos ancorados (as) na expectativa de que a nossa existência não se restringirá somente ao tempo em que permanecemos aqui na terra. Caminhamos para a eternidade, dias melhores virão! Isso também nos motiva a ter serenidade diante da morte das pessoas a quem amamos. Diante da morte de alguém, todos costumam ficar desolados e com sentimentos de dó e compaixão para com aquele (a) que se foi. No entanto, se nos firmarmos na Palavra de Deus poderemos ultrapassar esses momentos com fé e alegria, porque mais uma alma foi acolhida pelo Pai de volta para casa. - Você acredita que Cristo ressuscitou e que também ressuscitará um dia? 

- Qual é a sua ideia de ressurreição? 

- Você deseja contemplar a face de Deus? 

- Como você tem enfrentado a morte de pessoas a quem ama? 

- Você já pensou que elas podem estar muito felizes?


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📖 Salmo - 16(17)


🗣 Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor.

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1⃣ Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios! 🗣

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2⃣ Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós. 🗣

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3️⃣ Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas, mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. 🗣

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 ↪ Salmo - 16(17)


 Reflexão - “A alma humana anseia pelo dia em que contemplará a face do Senhor. O Salmo diz que a presença do Senhor nos saciará quando despertarmos na outra vida. O nosso caminhar é uma eterna busca de Deus que é a nossa felicidade. Por isso, suplicamos ao Senhor que Ele ouça a nossa oração e atenda à aspiração da nossa alma.”


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🍞🍇 Evangelho - Lucas 8,1-3

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois, revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.


Naquele tempo, 1 Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3 Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 "As desordens interiores e o combate espiritual”


O Evangelho de hoje nos fala das mulheres que seguiam Jesus e o ajudavam. Uma delas é Santa Maria Madalena, e o Evangelho, em breve nota, recorda que dela “tinham saído sete demônios”.

A tradição interpreta esses sete demônios como demônios ligados aos sete vícios capitais, o que nos dá ocasião de refletir a respeito dos vícios ou pecados capitais.

Na verdade, é um pouco difícil expressar o que é um pecado capital, porque as palavras “pecado” e “vício aqui” estão sendo empregadas de forma analógica. No fundo, trata-se de uma ferida ou desordem da natureza humana que, proveniente do pecado original, conduz ao pecado. São “tendências”.

Ora, essas tendências de desordem presentes na natureza humana se devem, como fundamento, à nossa natureza decaída, mas também à força dos ataques dos demônios.

Por isso, nós devemos sempre estar vigilantes espiritualmente. Por quê? Porque, apesar de possivelmente não estarmos cometendo pecados, há em nós, e ela pode ser facilmente identificada, uma tendência ao pecado, a qual pode ter três origens, chamadas de três inimigos da alma.

A tendência ao pecado pode vir do que chamamos de carne. Ou seja: os nossos pecados pessoais, assim como as próprias desordens do pecado original, fazem-nos ter uma tendência a certos pecados. Para dar um exemplo de pecado capital, é a tendência à ira, a tendência à tristeza, a tendência à preguiça, a tendência à avareza, a tendência aos pecados de luxúria, a tendência à gula, a tendência à vaidade e assim por diante.

Essas tendências, que todos temos, podem vir exatamente de nós mesmos, da desordem da nossa natureza. Mas elas também podem ser alimentadas pelo mundo. O mundo alimenta a avareza quando a cultura vive atrás de dinheiro; o mundo alimenta a luxúria quando toda a cultura é erotizada; o mundo alimenta a raiva e o ressentimento quando nos coloca em constantes lutas de interesses e assim por diante.

A terceira fonte dos pecados capitais, ou seja, das tendências ao pecado, podem ser também os demônios, ou seja, os inimigos da nossa alma, que vão instigando e alimentando quer as nossas tendências carnais quer a cultura do mundo.

Nosso Senhor Jesus Cristo, por sua misericórdia divina, teve compaixão de Santa Maria Madalena e expulsou dela sete demônios. Peçamos ao Cristo Senhor, pela intercessão de Santa Maria Madalena, que estejamos sempre vigilantes e atentos a essas tendências que estão em ação dentro de nós, quer venham da carne ou do mundo, quer sejam alimentadas pelos demônios, que são os inimigos da nossa alma.

Sempre vigilantes e constantes, sabendo que, quando lutamos por amor a Deus, estamos verdadeiramente participando das vitórias de Cristo, para que, com Ele no Céu, cantemos as suas misericórdias.


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 19 de Setembro de 2024 (5a Feira)

 📆 19 de Setembro de 2024 (5a Feira)

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QUINTA-FEIRA DA XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor Verde)

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😇 Santos do dia 

S. Januário, bispo de Benevento e mártir

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⛪ Antífona de entrada:

Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo Israel.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, vós que crias e governados todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos a ação da vossa misericórdia, dai-nos a graça de vos servir de todos o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios 15,1-11

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2 Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. 3 Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4 que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; 5 e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6 Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7 Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8 Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. 10 É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: a prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos – não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo. 11 É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado e é isso o que crestes.

 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios 15,1-11


 Reflexão - “restaurado pela graça de Deus”


São Paulo, antes, um perseguidor da Igreja de Jesus Cristo, agora dá o testemunho da graça de Deus na sua vida e de como tem trabalhado para que ela permaneça consigo. Depois de seu encontro com Cristo no caminho de Damasco ele se tornou apóstolo do Evangelho entregando a Jesus a sua vida e a sua pregação. Assim sendo, ele dá a cada um de nós prova de que Deus tem poder para mudar a nossa sorte desde que reconheçamos a sua ação em nós e no meio de nós. O Batismo nos insere no mistério de Cristo, porém, só a experiência com Jesus nos faz ser participantes conscientes deste mesmo mistério. Pela ação do Espírito Santo em nós, podemos ter uma vida restaurada nos transformando em pessoas dignas mesmo que tenhamos um passado duvidoso e até traído a Deus.  A graça de Deus nos sustenta, por isso não podemos nos subestimar achando que, porque erramos e transgredimos as leis, seremos fatalmente condenados (as) aos juízos eternos. “É pela graça de Deus que eu sou o que sou” nos diz São Paulo. Se também tivermos consciência disso, poderemos a cada dia que passa nos firmar no caminho da santidade, apesar do nosso ser pecador e de já termos, também, por algum motivo perseguido a Igreja de Deus.  Por essa razão, precisamos a cada dia nos convencer de que a misericórdia de Deus nos acompanha e faz de nós novas criaturas. 

- Você também teve a sua vida restaurada pela graça de Deus? 

- Você dá testemunho disso? 

- Alguma coisa ainda pesa na sua consciência? 

- Você já teve uma experiência forte com Jesus?


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📖 Salmo - 117(118)


🗣 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

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1⃣ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! "Eterna é a sua misericórdia!" A casa de Israel agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" 🗣

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2⃣ A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrerei, mas ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! 🗣

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3️⃣ Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores! 🗣

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 ↪ Salmo - 117(118)


 Reflexão - “A misericórdia do Senhor é eterna, isto é, abrange toda a nossa existência. Mesmo que sejamos os maiores pecadores somos dignos de compaixão porque foi a Mão direita do Senhor que nos fez e é Ela quem nos levanta. Não precisamos morrer nos nossos pecados, a vida de Cristo está em nós, pelo contrário devemos viver para cantar as grandes obras do Senhor!”


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🍞🍇 Evangelho - Lucas 7,36-50

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11,28)


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.


Naquele tempo, 36 um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37 Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38 e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39 Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora". 40 Jesus disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te dizer". Simão respondeu: "Fala, mestre!" 41 "Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42 Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?" 43 Simão respondeu: "Acho que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: "Tu julgaste corretamente". 44 Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: "Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45 Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46 Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47 Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor". 48 E Jesus disse à mulher: "Teus pecados estão perdoados". 49 Então, os convidados começaram a pensar: "Quem é este que até perdoa pecados?" 50 Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou. Vai em paz!"


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 "Aquela que muito amou”


O sentir comum da Igreja e dos fiéis, desde tempos imemoriais, sempre identificou as três Madalenas que aparecem nos evangelhos como uma só pessoa: tratar-se-ia de S. Maria Madalena, irmã de Lázaro e Marta de Betânia, que, em duas ocasiões diferentes, ungiu os pés e a cabeça do Senhor, além de ser a primeira testemunha ocular da ressurreição. Embora S. Lucas, como vemos no Evangelho de hoje, não diga expressamente que a pecadora da casa de Simão se chamasse Madalena, o Apóstolo S. João preencha essa lacuna, dizendo: “Maria”, irmã de Lázaro (cf. Jo 11, 1), “era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos” (Jo 11, 2), o que não pode ser mais do que uma alusão ao episódio aqui narrado por Lucas. Ao identificar, pois, essas três personagens com Maria Madalena, a tradição da Igreja viu na trajetória dela uma continuidade belíssima de crescimento espiritual. Pecadora notória, Maria finalmente encontrou em Cristo o amado que em tantos leitos andara buscando e, rendida de amor, caiu-lhe aos pés para dali em diante o servir com fidelíssima pureza. Jesus, porém, não se limita a perdoar-lhe os pecados, senão que lhe dá a graça de um amor perfeito: “Muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor”. Eis por que, dali a um tempo, veremos transformada essa mesma Maria, despreocupada das coisas do mundo, voltada para o único necessário, que é estar com Cristo Jesus: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada” (Lc 10, 42). E porque ousara tocar o Senhor, Maria pôde abandonar sem olhar para trás a sua vida devassa, que lhe valera não menos do que sete demônios, para se tornar um dos mais santos e queridos discípulos de Nosso Senhor, merecedora de ver, no despontar do grande domingo, os primeiros raios da nova criação em Cristo ressuscitado. — Que, por intercessão de S. Maria Madalena, a quem temos imitado no pecado, possamos imitá-la também na penitência e, como ela, na ousadia de, bem confessados, tocar amorosamente o Senhor, que se nos entrega na Eucaristia para ser rodeado de todo o nosso carinho: “Com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume”.


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 18 de Setembro de 2024 (4a Feira)

 📆 18 de Setembro de 2024 (4a Feira)

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QUARTA-FEIRA DA XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor Verde)

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😇 Santos do dia 

S. José de Cupertino

S. Sofia

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⛪ Antífona de entrada:

Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo Israel.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, vós que crias e governados todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos a ação da vossa misericórdia, dai-nos a graça de vos servir de todos o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios 12,31-13,13

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, 31 Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. 13,1 Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. 2 Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. 3 Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria. 4 A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5 não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6 não se alegra com a iniquidade, mas regozija-se com a verdade. 7 Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. 8 A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. 9 Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. 10 Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12 Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. 13 Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.

 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios 12,31-13,13


 Reflexão - “O AMOR é o dom maior”


A caridade é o Amor de Deus que se manifesta em nós e por meio de nós. Por isso, São Paulo nos convida a percorrer o caminho por excelência: o caminho do Amor.  O AMOR é o dom maior, portanto é a avenida mais segura para se chegar ao céu.  A caridade é também o estado de vida que iremos experimentar lá, quando daqui partirmos. É o dom que permanece e nunca se acaba. Todo o conhecimento que nós adquirimos, assim como tudo o que apreendemos ou todo o bem que conquistamos, nos terá sido útil para o tempo em que estivemos por aqui. Até mesmo a fé e a esperança, um dia não nos serão mais necessários, porque veremos a Deus face a face e não estaremos mais na expectativa.  Ficará somente o Amor. Este continuará a ser vivenciado por nós em plenitude. Viver a caridade, ou seja, o amor, é pôr em prática, desde já, a paciência, a benignidade, a compreensão, a concórdia e desprezar os atos de vaidade, de soberba, de interesse próprio, de ira e de rancor. É viver afeiçoado ao que Jesus vivenciou, de coração, sem constrangimento, sem contestação ou murmuração. É encontrar o sentido da vida na contribuição com a felicidade do outro, saindo de si para servir ao próximo, por AMOR! Que o amor seja, portanto, o molde para os nossos pensamentos, sentimentos e ações do dia a dia. Que aprendamos com São Paulo a tudo suportar e desculpar crendo e esperando a perfeição que um dia viveremos diante do Pai.  

– O que mais toca a você neste hino ao Amor? 

– Você já aprendeu a tudo fazer por amor? 

– Para você como é que pode acontecer a caridade? 

– No seu entendimento em que consiste a caridade? 

– Você tem se esquecido de si mesmo (a) para contribuir com a felicidade de alguém?


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📖 Salmo - 32(33)


🗣 Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

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1⃣ Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação! 🗣

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2⃣ Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça. 🗣

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3️⃣ Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! 🗣

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 ↪ Salmo - 32(33)


 Reflexão - “O herdeiro recebe do seu doador o tesouro que lhe pertence. Assim sendo, somos herdeiros escolhidos por Deus para receber Dele o Seu tesouro, que na essência é o Seu Amor. Como herdeiros, recebemos amor, graça, justiça, santidade, por isso é que somos considerados, povo feliz!”


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🍞🍇 Evangelho - Lucas 7,31-35

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna. (Jo 6, 63c.68c)


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.


Naquele tempo, disse Jesus: 31 "Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32 São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: 'Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!' 33 Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: 'Ele está com um demônio!' 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: 'Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!' 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos".


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 ”A sabedoria foi justificada por seus filhos”


V. 31. “Com quem hei de comparar os homens desta geração”, isto é, dos fariseus e escribas, que, recusando o batismo de S. João, frustraram o desígnio de Deus a seu respeito (cf. Lc 7, 30)? 

V. 32. “São como crianças que se sentam nas praças e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes’”. Naquele tempo, com efeito, havia entre os judeus certo tipo de divertimento em que, separadas em dois grupos ou coros, as crianças representavam como num teatro os sucessos e infortúnios da vida humana: uma parte a lamentava, como coisa triste e miserável, enquanto a outra dela se ria, como de coisa boa e alegre, sem que nenhuma das partes prestasse ouvidos ao que dizia a outra. Os espectadores assistiam à cena, em que se mesclavam gemidos e risos; mas, devido a essa ambiguidade de sentimentos, nem choravam com as lamúrias de uma parte nem se alegravam com a dança e o canto da outra.

O sentido da comparação de Cristo é este: assim como os espectadores dessas encenações infantis, feitas apenas para entreter os ouvintes, não se sentem movidos nem ao choro nem ao riso, assim também os fariseus e escribas não se deixam mover pelo exemplo nem da austeridade de São João Batista nem da misericórdia de Cristo e, por isso, resistem à conversão de vida a que os convida a pregação dos dois. Os escribas, por exemplo, queriam ouvir o que Cristo e o Batista tinham a dizer, não para mudarem de vida, mas por amor à novidade e ao ornato das palavras, como quem escuta um cantor ou um histrião por mero interesse estético.

V. 34. Prova disso é que “veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores’”.

V. 35. “Mas a sabedoria foi justificada”. Ora, o verbo justificar pode ter dois sentidos: ou de tornar alguém justo ou de declarar a justiça de outrem. É nesse último sentido que se toma aqui o verbo justificar. Assim, “foi justificada”, isto é, declarada justa, irrepreensível, livre de toda calúnia, plena e perfeita, a sabedoria que Deus manifestou em Cristo e João, porque neles se contém tudo o que é necessário à salvação humana: no primeiro, temos um exemplo de austeridade e penitência; mas, para que não desesperássemos da salvação ante esses rigores tão exigentes, temos no segundo um exemplo de misericórdia e doçura. — “Por todos os seus filhos”, ou seja, pelos amantes da sabedoria divina e da virtude. Desta forma, a sabedoria de Deus, desprezada pelos fariseus, foi justificada, quer dizer, honrada e glorificada em Cristo e no Batista pelos fiéis que de bom grado os ouviam e lhes acolhiam o chamado à penitência e à conversão


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 17 de Setembro de 2024 (3a Feira)

 📆 17 de Setembro de 2024 (3a Feira)

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TERÇA-FEIRA DA XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor Verde)

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😇 Santos do dia 

S. Roberto Belarmino, cardeal, bispo e doutor da Igreja

S. Columba, virgem e mártir de Córdova

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⛪ Antífona de entrada:

Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo Israel.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, vós que crias e governados todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos a ação da vossa misericórdia, dai-nos a graça de vos servir de todos o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios 12,12-14.27-31a

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, 12 como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13 De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. 14 Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros. 27 Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. 28 E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas. 29 Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres? 30 Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam? 31a Aspirai aos dons mais elevados.

 Palavra do Senhor.


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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios 12,12-14.27-31a


 Reflexão - “Todos juntos somos o Corpo de Cristo”


Nesta carta São Paulo nos conscientiza de que fomos batizados num único Espírito para formarmos um único corpo. Portanto, somos membros do Corpo de Cristo e temos em nós também o Seu Espírito. O Espírito de Jesus o qual recebemos no nosso Batismo é quem nos torna participantes do Seu Corpo, nos une e alimenta, para que formemos uma unidade. Todos juntos somos o Corpo de Cristo e, individualmente, somos membros desse Corpo.  Cada um de nós, porém, com a sua peculiaridade, tem uma função pessoal, distinta. Temos dons diversos uns dos outros, no entanto, precisamos agir em sintonia com a cabeça, que é Cristo. Ao mesmo tempo em que agimos diferentemente, devemos, igualmente, permanecer ligados com os outros membros nossos irmãos, distintos de nós, mas que trabalham com o mesmo objetivo. Assim como os membros do nosso corpo trabalham em conjunto para harmonia do mesmo corpo, nós somos chamados (as) a atuar conjuntamente para realizar a missão que o Pai nos destinou. Precisamos, então, perceber quais os dons que possuímos em vista da edificação do Corpo de Cristo que somos nós, Sua Igreja. Em uma comunidade, também, somos pessoas que formamos um só corpo e temos os mais diversos talentos. Seremos considerados humildes na medida em que reconhecermos a nossa capacidade e a nossa limitação, assim como também em relação aos nossos irmãos.  Os dons mais elevados são aqueles que nos levam a viver mais estreitamente ligados a Jesus Cristo, estando mais próximos Dele e recebendo o Seu direcionamento para que haja harmonia entre nós e os outros membros. Nem todos nós temos todos os dons, mas podemos aspirá-los, isto é, desejar ardentemente possui-los, como nos ensina São Paulo. 

-  Qual é a sua função no Corpo de Cristo, isto é, na Igreja e na Comunidade?

- Você vive em harmonia com os outros membros do Corpo? 

- Qual é o dom que você mais deseja possuir?

-  Qual é o papel que o Espírito Santo desempenha em você como membro desse corpo?


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📖 Salmo - 99(100)


🗣 Nós somos o seu povo e seu rebanho.

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1⃣ Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! 🗣

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2⃣ Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. 🗣

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3️⃣ Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei! 🗣

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4️⃣ Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! 🗣

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 ↪ Salmo - 99(100)


 Reflexão - “Se somos povo de Deus e fazemos parte do Seu rebanho, precisamos dar-Lhe as graças e as honras que Ele merece. Fazemos isto quando nos deixamos dirigir como ovelhas confiantes percorrendo um caminho seguro, o caminho que nos levará até a nossa casa, cantando e entoando hinos de louvor! O Senhor é bom e sua bondade e fidelidade duram para sempre.”


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🍞🍇 Evangelho - Lucas 7,11-17

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Um grande profeta surgiu entre nós , e Deus visitou o seu povo. (LC 7, 16)


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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.


Naquele tempo, 11 Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13 Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: "Não chores!" 14 Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!" 15 O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo". 17 E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza.


 Palavra da Salvação.


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↪ REFLEXÃO


 ”Abandonar o caminho de morte.”


O Evangelho do dia de hoje narra a ressurreição do filho da viúva de Naim. Nos Evangelhos encontramos três milagres em que Jesus ressuscita os mortos: Ele ressuscitou uma menina, a filha de Jairo, na famosa cena do “Talitha kum”; ressuscita hoje o filho da viúva de Naim e ressuscitará Lázaro.

Nestes três milagres de ressurreição, os Padres da Igreja sempre viram os diferentes estágios de corrupção da nossa alma, em sinal do quanto Jesus quer nos dar a vida não somente biológica, pela ressurreição dos corpos, mas a vida verdadeira, que é a vida do Céu. Em primeiro lugar, a filha de Jairo acaba de morrer. Jesus chega à casa de Jairo e recebe a notícia de que a menina acabara de morrer. É a pessoa que cai em pecado, mas num pecado pontual: ela acabou de morrer, e Jesus quer ressuscitá-la.

Por outro lado, o filho da viúva de Naim não acabara de morrer. Já estavam na cerimônia de sepultamento; ele já estava sendo levado para o túmulo. Existe uma dinâmica, isto é, uma procissão que está levando o cadáver para o cemitério.

A terceira ressurreição é a de Lázaro, que está sepultado há três dias, o que quer dizer que já está acabada toda esperança. É a pessoa que verdadeiramente se senta no pecado de forma definitiva e não quer saber de mudar. Pois bem, entre esses dois extremos, o da filha de Jairo e o de Lázaro, o de quem peca ocasionalmente e o de quem faz do pecado uma dinâmica, existe no meio a procissão do filho da viúva de Naim.

Isso quer dizer o quê? Quer dizer que você deve examinar a sua vida: “Não será que estou colocando em ato, na minha vida, uma dinâmica que conduz à morte?” Ou seja: “Será que o meu problema são realmente pecados pontuais?” Porque, é claro, você peca e se confessa, peca e se confessa… São pecados pontuais. Mas será que não há alguma situação que funciona como um “motor ligado”, acelerando em tal direção? Sim, porque, se o motor está ligado e você está acelerando na direção do pecado, a dinâmica irá continuar.

Então, é por isso que nós falamos de “metanoia”, conversão no sentido de “mudança de mentalidade”. Essa mudança de mentalidade é muitas vezes mais dolorosa do que arrancar um braço, uma perna ou um olho, porque os hábitos, essas dinâmicas negativas que criam raízes, começam a fazer parte de nós e do nosso corpo.

Eu me recordo da conversão de Santo Agostinho. Ele narra no livro das Confissões que, na sua tentativa de sair do pecado, decisão tomada aliás resolutamente: “Agora chega! Basta! Não quero mais pecar”, via dentro de si toda uma dinâmica que lhe dizia: “Mas você vai nos deixar? Como? Você nunca mais vai fazer isso? Nunca mais?” Onde estava essa dinâmica? Estava nas amizades que ele tinha, na profissão que exercia e nos maus hábitos, porque, embora Agostinho já tivesse visto a Verdade e quisesse ser cristão, ele não queria pagar o preço do “transplante”.

Se queremos ser cristãos, se queremos que a nossa alma floresça e dê frutos de caridade, precisamos arrancá-la da fétida localização em que ela se encontra. Ela está como num pântano ou charco, e nós precisamos arrancá-la dali. Isso dói, porque não é somente um pecado pontual, mas uma dinâmica, um “motor”, uma “procissão” que leva para o cemitério. Precisamos não somente renunciar ao pecado, mas, mais do que isso, renunciar a toda uma vida, a uma dinâmica que nos leva fatalmente ao pecado.

Então, vamos lá! Coragem. Decida-se. Ouça o chamado da graça. Ser um homem novo ou uma mulher nova exige sofrer, no início, certa solidão; mas significa também ter novos amigos, sobretudo no céu, e procurar na terra amigos que nos coloquem em outra procissão, não naquela que sai da cidade com o cadáver do jovem para o cemitério, mas a na procissão de Jesus, que, com os discípulos, entra na cidade.


*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 16 de Setembro de 2024 (2a Feira)

 📆 16 de Setembro de 2024 (2a Feira)

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SÃO CORNÉLIO, PAPA E SÃO CIPRIANO, BISPO, MÁRTIRES, MEMÓRIA (Cor Vermelho)* 

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😇 Santos do dia 

SS. CORNÉLIO, PAPA E CIPRIANO, BISPO, MÁRTIRES / S. EUFÊMIA, MÁRTIR DA CALCEDÓNIA / B. VÍTOR III, PAPA / EDITE.

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⛪ Antífona de entrada:

Alegram-se nos céus os santos que seguiram os passos de Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; por isso, com ele exultam eternamente.

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☀ Oração da Coleta

Ó Deus, em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis; concedei que, por sua intercessão, fortalecidos na fé e na perseverança, trabalhemos incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios 11, 17-26. 33

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios. .

Irmãos, 17no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. 

18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito.

19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós, para que também se tornem bem conhecidos aqueles dentre vós que resistem à prova. 

20De fato, não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis em comum.

21Pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia; e enquanto um passa fome o outro se embriaga.

22Não tendes casas onde comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei de elogiar-vos? Neste ponto, não posso elogiar-vos.

23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 

24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei-o em memória de mim”.

25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”.

26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 

33Portanto, meus irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns pelos outros.

 Palavra do Senhor.

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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios 11, 17-26. 33

 Reflexão - “Reunidos para a ceia do Senhor”

“São Paulo admoestava o povo que se reunia para a ceia do Senhor, pois, tinha como objetivo particular atender apenas as suas necessidades e cada um só pensava em si próprio. Por isso, havia divisões, intrigas, discórdias e injustiça. Eles não entendiam que a finalidade de nos reunirmos para participar da ceia do Senhor implica em que estejamos também reunidos em comunhão uns com os outros.  As palavras de São Paulo, então, nos dão plena consciência de que a Eucaristia é a comunhão de Deus com os homens, e dos homens entre si, por isso, é partilha, é sinal de unidade e não de divisão. A Palavra de Deus é comparável a Eucaristia, assim sendo, da mesma forma, quando nos reunimos para orar e meditar sobre os ensinamentos de Deus precisamos ter em mente de que o Verbo é Jesus, fonte de união, amor e partilha, desse modo não podemos nos isolar e nos fechar para o irmão. Hoje somos chamados a refletir sobre a nossa postura quando nos reunimos para a Ceia do Senhor: - Será que temos comunhão de pensamento uns com os outros? - Será que temos consciência de que O Corpo e o Sangue de Jesus nos alimentam para que sejamos um só povo? - Com que intuito nós comparecemos às reuniões de oração e de louvor a Deus? – Qual é a nossa disposição quando vamos para o encontro no Grupo de Oração? – Esperamos mais dar ou receber?”

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📖 Salmo - 39

🗣 Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!”

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1⃣ Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho”.🗣

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2⃣ Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”🗣

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3️⃣ Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios.🗣

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4️⃣ Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor. Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.🗣

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 ↪ Salmo - 39

 Reflexão - “Anunciar a morte do Senhor é proclamar a Sua Ressurreição e a Sua presença viva no meio de nós. Jesus já foi sacrificado por nós e o que podemos ofertar a Ele é o nosso sacrifício de louvor, fazendo a vontade do Senhor e guardando no nosso coração a Sua Lei.”

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🍞🍇 Evangelho - Lucas 7, 1-10

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer, encontre vida eterna. (Jo 3, 16)

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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 

2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.

3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.

4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor,

5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.

6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 

7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 

8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz”.

9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 

10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

 Palavra da Salvação.

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↪ REFLEXÃO

 ”A família à luz da razão e da fé.”

“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”.O Evangelho de hoje nos narra o conhecido episódio do centurião de Cafarnaum. Há nesta cena, porém, um detalhe chamativo, mas que costuma ser deixado de lado: comparando as versões de Lucas e Mateus, vê-se que esse rapaz por cuja saúde intercede o centurião é chamado ora de empregado, ora de filho, duas expressões que traduzem a palavra grega δοῦλος e, na Vulgata, são vertidas por famulus e puer. Essa aparente ambiguidade semântica se deve a que, ainda na época de Cristo, os servos ou escravos eram considerados membros da família e, apesar de serem, ao menos juridicamente, reduzidos à condição de propriedade do senhor, eram muita vez tratados com grande apreço e delicadeza. É desse trato familiar, carinhoso e preocupado, que nos dá hoje prova o centurião romano, testemunhando assim que, mesmo sem a revelação cristã, pode a inteligência humana chegar, com o seu próprio lume natural, ao conhecimento dos deveres morais que fazem da família uma comunidade de amor e respeito, e não um “sistema” opressor e degradante, como blateram hoje diversas ideologias. Mas, embora seja certo que a família está naturalmente ordenada ao bem integral da pessoa, não deixa de ser verdade que essa bela instituição, tão conculcada pela nossa cultura, necessita da graça divina para que o amor que nela se vive, convertido em caridade, se transforme em fonte de santificação diária e salvação para todos. Eis por que, depois de testemunhar seu amor humano ao empregado, o centurião implora, não já a presença, mas a simples atenção de Cristo: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa […]. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”. Que saibamos, a exemplo dele, atrair para dentro de nossas casas o amor de Cristo, que há de converter em caridade o carinho que temos aos nossos familiares e transformar em ocasião de salvação as dificuldades e dores que porventura estivermos sofrendo. Para isso, prestemos-lhe o preito da nossa fé, reconhecendo nele o nosso Deus e Senhor: “Ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”.”

*Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 15 de Setembro de 2024 (Domingo)

 📆 15 de Setembro de 2024 (Domingo) 

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XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM (Verde) 

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😇 Santos do dia. 

S. NICOMEDES, MÁRTIR, NA VIA NOMENTANA / S. CATARINA FIESCHI DE GÊNOVA, VIÚVA.  

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⛪ Antífona de entrada: 

Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo Israel. (Cf. Eclo 36, 18)

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☀️ Oração da Coleta 

Ó Deus, vós que criais e governais todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos a ação da vossa misericórdia, dai-nos a graça de vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - Isaías 50, 5-9a

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✉ Leitura do Livro do Profeta Isaías.

5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 

6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.

7Mas, o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 

8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 

9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?

Palavra do Senhor. 

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↪ 1a Leitura - Isaías 50, 5-9a

Reflexão - “Confiante no auxílio do Senhor”

“A figura prenunciada pelo profeta Isaias é Jesus, o servo fiel, que se entregou por nós e assumiu o Plano de Salvação do Pai confiante que no final sairia vencedor. Esta mensagem é, então para nós, um exemplo de como não fugir das tribulações, das afrontas, das perseguições e não desejar a todo custo “salvar” a nossa pele. Assim sendo, podemos apreender quais são as atitudes do verdadeiro seguidor de Jesus Cristo que não foge das dificuldades nem das afrontas porque confia no auxílio do Senhor. Na nossa caminhada em busca da santidade precisamos ter em mente que Aquele que nos predestinou a uma vida santa tem poder para nos sustentar e nos levantar quando cairmos. Lutamos contra o pecado que é oriundo do mal e nos impede de chegar ao porto seguro da santidade.   No entanto, “o Senhor abre os nossos ouvidos” e nos fortalece a fim de que possamos prosseguir na luta contra o mal, servindo na edificação do reino e de um mundo melhor. Ele é o nosso auxiliador ninguém poderá nos condenar. Com Ele poderemos enfrentar os desafios e encarar a realidade dos fatos e dos acontecimentos. “Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador: quem é que me vai condenar?”  - Você costuma fugir das perseguições? – Você é daquelas pessoas que lutam pelo que é justo aos olhos de Deus desafiando mesmo a injustiça dos homens, ou costuma acovardar-se e, “ir na onda” dos “mais fortes’?” 

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📖 Salmo – 114 

🗣 Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

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1️⃣ Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.🗣 

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2️⃣ Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza; eu então invoquei o Senhor: “Salvai, ó Senhor, minha vida!”🗣

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3️⃣ O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes; eu estava oprimido e salvou-me.🗣 

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4️⃣ Libertou minha vida da morte, enxugou de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.🗣

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↪ Salmo – 114 

Reflexão - “Todos nós que passamos pelos laços do abismo como diz o Salmo e invocamos o auxílio do Senhor somos testemunhas do Seu Amor por nós e não podemos deixar de louvá-Lo e exaltá-Lo. Enquanto estamos aqui na “terra dos vivos”, andamos na presença do Senhor e cada segundo da nossa vida pertence a Ele.”                          

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📖 2a Leitura - Tiago 2, 14-18

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✉ Leitura da Carta de São Tiago.

14Meus irmãos: que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 

15Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 

16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso?

17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta.

18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática!” Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!

Palavra do Senhor. 

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↪ 2a Leitura - Tiago 2, 14-18

Reflexão - “A fé se traduz pelas obras.”

“A fé que não se traduz em obras, por si só está morta.”  O Apóstolo São Tiago nos adverte de que não bastam as nossas palavras amigáveis, os incentivos, os discursos e nem mesmo a nossa oração, se estas não nos levarem a um amadurecimento nos nossos relacionamentos e na compreensão das implicações do amor que partilhamos com os que precisam de nós. A fé, então, se evidencia na vivência da caridade e se traduz quando se revela ao mundo por meio das nossas obras, do nosso comportamento diante das dificuldades, e principalmente, por meio do amor com que realizamos todas essas obras. Quando dizemos que cremos em Cristo nós assumimos compromisso com a Sua Palavra e com os Seus ensinamentos que pregam a misericórdia e a compaixão. A verdadeira fé, portanto, é traduzida por atos concretos de piedade, por isso, precisamos observar se não estamos sendo incoerentes quando professamos a nossa fé em nosso Senhor Jesus Cristo e não vivenciamos o amor.  – Como você lida com estas duas realidades: Fé e obras? – Como você tem encarado a situação das pessoas necessitadas as quais você encontra? – Você tem a   consciência livre em relação a isso? – Você crê em Jesus Cristo e na Palavra que Ele deixou?”

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🍞🍇 Evangelho - Marcos 8, 27-35

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 Aleluia, Aleluia, Aleluia 

 Eu de nada me glorio, a não ser da cruz de Cristo; vejo o mundo em cruz pregado e para o mundo em cruz me avisto. (Gl 6, 14)

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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Marcos. 

Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 

28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 

29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.

30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 

31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.

32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 

33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.

34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 

35Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.

 Palavra da Salvação. 

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↪ REFLEXÃO

 “Quem progride na fé cresce no amor”

“A liturgia de hoje apresenta o evangelho da profissão de fé de São Pedro, narrado aqui pelo evangelista São Marcos. Nós sabemos que o Evangelho de Marcos está intimamente ligado ao próprio São Pedro, já que Marcos era seu intérprete. Por isso, podemos dizer que no segundo Evangelho ouvimos o testemunho do Príncipe dos Apóstolos. É importante dizer isso porque todo o Evangelho de Marcos está organizado em duas partes, tendo como núcleo a profissão de fé de São Pedro. Numa primeira parte, Jesus faz milagres e ações extraordinárias para que os discípulos compreendam, pela fé, que Ele é Deus. Jesus está tentando suscitar neles a fé, de modo semelhante ao que aconteceu na cura do cego, sobre a qual meditamos ontem. Primeiro ele começa a ver os homens como árvores, depois acontece a cura definitiva. Também aqui a fé de Pedro tem essas duas etapas: na primeira, Pedro vê que Cristo é o Messias, como ele professa neste momento; mas ainda não compreende profundamente o que isso significa. Ele já tem fé, já vê um lampejo da luz da graça divina, sabe que Cristo é o próprio Filho de Deus, mas ainda não entende a necessidade do caminho da cruz. Quando Jesus, então, vendo a fé de Pedro, começa a falar do seu sacrifício redentor em Jerusalém, São Pedro rejeita essa ideia, repreende Jesus e, por isso, ele próprio passa a ser repreendido por Nosso Senhor. São Pedro, com uma mentalidade humana, quer seguir o Cristo sem cruz, quer uma religião analgésica, uma religião de um Deus que está ao nosso serviço e que não pede de nós o sacrifício do amor. No entanto, Jesus quer exatamente nos colocar nesta dinâmica do sacrifício para que, crescendo de fé em fé, sejamos capazes de finalmente chegar ao fruto maduro, o fruto sazonado do amor. Em nosso caminho de fé também somos assim. Inicialmente, começamos pedindo mais fé, vamos crescendo na fé, e assim nos aproximando de Deus. A fé é como se fosse o cordão umbilical que nos une a Deus e que alimenta a nossa alma até que, finalmente, a “criança” esteja plenamente formada, para então poder, de fato, realizar o sacrifício do amor, a entrega do amor. A fé claudicante, manca e meio trôpega daqueles que começam a caminhar não é qualitativamente a mesma fé que a dos mártires, daqueles que entregam a vida, daqueles que se doam e se sacrificam por amor a Cristo. Isso porque a nossa fé também cresce. Inicialmente, uma fé pequena nos dá o amor de servo, o amor de quem quer simplesmente cumprir os Mandamentos e obrigações. Ao crescermos na fé, conseguimos amar como um filho, que quer servir o pai o tempo inteiro. Finalmente, tendo crescido ainda mais na fé, chegamos ao amor maduro da esposa que quer retribuir o amor do seu esposo, o qual se entregou na cruz dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado”. A esposa também quer se entregar e carregar a cruz por amor. Se com Ele morremos, com Ele viveremos. Sim, a profissão de fé de São Pedro nos ensina a parar de ver homens em forma de árvores e chegar finalmente a ver o sacrifício da cruz como um ato de amor. O Pedro que esperneia aqui já tem fé, mas ainda está bem distante daquela fé radiosa que um dia fará com que ele se sacrifique na cruz em Roma, derramando o seu sangue e confirmando a fé dos irmãos.” 

*Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 14 de Setembro de 2024 (Sábado)

 📆 14 de Setembro de 2024 (Sábado) 

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EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ, FESTA (Cor Vermelha) 

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😇 SANTOS DO DIA. 

S. ALBERTO, PATRIARCA DE JERUSALÉM / SÃO MATERNO DE COLÔNIA / RÓSULA E NOTEBURGA.

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⛪ Antífona de entrada: 

Nós, porém, devemos gloriar-nos na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo; nele está a salvação, nossa vida e ressurreição; por ele somos salvos e libertos. (Cf. Gl 6, 14)

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☀️ Oração da Coleta 

Ó Deus, quisestes que vosso Filho Unigênito sofresse o suplício da cruz para salvar o gênero humano; concedei que, tendo conhecido na terra este mistério, mereçamos alcançar no céu o prêmio da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - Números 21, 4b-9

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✉ Leitura do Livro dos Números.

Naqueles dias, 4b os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5 e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6 Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7 O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8 e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9 Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

 Palavra do Senhor.

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↪ 1a Leitura - Números 21, 4b-9

 Reflexão - “A murmuração e a impaciência do povo de Deus têm consequências nefastas” 

“Da mesma forma como o povo de Deus foi libertado da escravidão e retirado do Egito por Moisés, nós também fomos salvos da escravidão e retirados do estado de pecado, por Jesus Cristo. Enquanto caminhava pelo deserto aquele povo impacientou-se e murmurou contra Deus e contra Moisés. Eles não entenderam a causa das suas dificuldades e compreendiam que lhes faltava tudo, por isso se rebelavam. As consequências da sua rebeldia lhes foram nefastas, por isso mesmo, verificamos que a viagem do povo de Deus na travessia do deserto tem o mesmo padrão da nossa peregrinação aqui na terra. Nós também, como aquele povo, durante a nossa caminhada espiritual e humana murmuramos e praguejamos em virtude das dificuldades que temos de enfrentar. Não poucas vezes, nós nos rebelamos contra as pessoas que estão no comando, nos cansamos do seu direcionamento e, por pirraça, desejamos voltar ao nosso estado original de pecado. A murmuração e a impaciência do povo de Deus no deserto atraíram para si, como decorrência, serpentes venenosas que o morderam levando-o à morte. De tal modo, também, acontece com todos nós que fomos retirados da escravidão do pecado, mas que teimamos em voltar atrás. Temos saudades do tempo em que vivíamos “livres” para atender aos desejos da nossa carne e, por isso, ficamos com o espírito acorrentado pela serpente do mal. Assim também, somos picados por “serpentes venenosas” que nos levam à morte, como guerra, fome, discórdia, destruição, vingança, desamor. A morte é o afastamento de Deus. A serpente é o pecado. Para os antigos Deus mandou que se fizesse uma serpente de bronze a fim de que todos os que a olhassem recobrassem a vida. Para nós, da Nova Aliança, a serpente de bronze é Jesus Cristo, crucificado por nós, para nossa salvação e ressuscitado para nos dar nova vida. Cristo se fez serpente, isto é, se fez pecado para poder derrotá-lo e prendê-lo na Cruz, vencendo a morte e conquistando a nossa redenção de uma vez por todas. – Como você se sente quando murmura muito e reclama da vida? - Você acha que as coisas melhoram só por causa da sua reclamação? - Você se sente cansado (a) ou entediado (a) das coisas de Deus? - Você tem saudades do tempo em que vivia fazendo a sua vontade e não se importava com o que Deus queria da sua vida?”

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📖 Salmo - 77

🗣 Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

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1⃣ Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.🗣

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2⃣ Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.🗣

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3️⃣ Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.🗣

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4️⃣ Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.🗣

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 ↪ Salmo - 77

 Reflexão - “O salmista recorda para nós as ações dos homens ao longo da história. Ao mesmo tempo em que honramos ao Senhor com os nossos lábios, o nosso coração poderá traí-Lo. No entanto, Ele que é fiel e compassivo, sempre está pronto a nos perdoar e espera a nossa conversão. Tantas vezes volte o pecador arrependido como tantas vezes o Senhor perdoa o seu pecado. Por isso, nunca deveremos achar que temos de permanecer no erro. Para isto, Ele coloca à nossa disposição a Sua Lei e os Seus ensinamentos para que possamos desvendar os Seus mistérios.”

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🍞🍇 Evangelho - João 3, 13-17

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo!

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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São João.

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

 Palavra da Salvação.

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↪ REFLEXÃO

 ”A vitória da Cruz em nossas vidas.”

“Cristo quis ser exaltado na Cruz para que, como um farol que permanece inamovível sobre o ondular incessante das águas deste mundo, pudéssemos conhecê-lo e, conhecendo-o, fôssemos movido a amá-lo, vendo em sua exaltação no madeiro a prova da sua caridade e o preço da nossa salvação. Celebramos a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Seria de se perguntar: por que uma festa especial para a Santa Cruz quando já tivemos a grande festa da exaltação da Cruz que é a Sexta-feira Santa? Por que tal redundância? O fato é o seguinte: a Igreja quis ao longo dos séculos celebrar a Cruz de Cristo não somente no mistério da Paixão, mas também em nossas vidas. Ora, uma das formas de o povo cristão venerar e amar o mistério do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo foi sempre a veneração à Cruz como um sinal de caridade. Desde o início, os cristãos aprenderam a traçar o sinal da Cruz sobre os próprios corpos. O sinal da Cruz (traçada da cabeça para o peito e de um ombro para o outro, tal como os católicos fazemos), vem do tempo dos Apóstolos. É uma realidade universal. Tanto no Ocidente como no Oriente, todos fazemos o sinal da Cruz. São Basílio Magno, no séc. III, já o atestava, dizendo que se trata de um costume recebido dos Apóstolos, embora não esteja escrito na Bíblia. Na época de Constantino, por volta de 313, quando se passou a dar mais liberdade aos cristãos, a mãe dele, Santa Helena, foi à Terra Santa conhecer os lugares em que Jesus viveu, e lá foram encontradas as relíquias da Cruz. (Aliás, foi graças à veneração delas que, ao longo dos séculos, foi surgindo essa festa litúrgica.) Constantino mesmo tivera uma visão no céu. Apareceu-lhe uma cruz, e então uma voz lhe disse: “Com esse sinal vencerás”. A Cruz, sinal que fez Constantino superar seus adversários, era uma experiência que os cristãos sempre tivemos — a Cruz de Cristo é vitoriosa. O que isso quer dizer na prática? O que significa, afinal, celebrar a Cruz de Cristo como sinal de amor e vitória em nossas vidas? Em primeiro lugar, a Cruz, tomada como símbolo do amor verdadeiro, não foi invenção nossa. Foi o próprio Jesus quem começou a falar dela nesse sentido. O Senhor não tinha ainda morrido na Cruz nem subido o Calvário, mas já dissera aos seus Apóstolos, que talvez não o tenham entendido direito: Quem me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-me. Essa frase, que deve ter soado enigmática para os Doze, tornou-se depois o “cartão de identidade” do cristão. O cristão é aquele que, para seguir Jesus, renuncia a si mesmo. Mas o que é esse renunciar a si mesmo? O que é esse tomar a sua cruz? Quer dizer o seguinte: renunciar às próprias vontades e aceitar que, no dia a dia, nossa vontade é crucificada. É isso o que Jesus quer: que abracemos o que contraria nossa vontade e o sigamos. Cristo quer que nos unamos a ele, isto é, à sua vontade. Ora, se eu sou cristão, tenho de passar por um transplante de coração: tirar o meu para receber o de Cristo; tenho de renunciar à minha vontade para querer o que ele quer. Eis o que está por trás do símbolo da Cruz. Se agirmos assim, seremos vitoriosos. Por quê? Porque é certa a vitória de Cristo. Se quisermos tudo o que Jesus quer, por maiores que sejam as nossas dificuldades, podemos ter certeza de uma coisa: estamos do lado vitorioso. Talvez não vejamos a vitória imediatamente, agora, nesta vida; mas estaremos do lado vitorioso. Por isso é necessária uma festa para exaltar a grande vitória da Cruz de Cristo em nossas vidas. Amarremos agora as ideias. O que precisamos fazer na prática? É o seguinte. Número um: Deus nos amou com amor infinito e, para mostrar este amor, quis encarnar-se e morrer crucificado por nós. Foi Jesus quem, por primeiro, quando éramos inimigos de Deus, tomou a cruz, renunciando a si mesmo, e foi até o Calvário; lá, foi pregado à Cruz, morto, inocente que era, mas viveu tudo isso pensando em cada um de nós. Diante desse amor, como não confiar? Como não se entregar e dizer: “Ninguém jamais me amou assim. Nem eu mesmo. Vou, portanto, desconfiar de minhas vontades e caprichos, porque não sou bom nem me amo de verdade. Eu não sou meu amigo, mas Jesus o é! Na verdade, sou meu maior inimigo porque as coisas que quero só me fazem mal. Vou, portanto, renunciar a mim mesmo; vou, no dia a dia, abraçar as contrariedades que a vida me impuser e, aceitando-as por amor, vou-me unir a Jesus, dizendo: ‘Senhor, vós sabeis o que é bom para mim. Seja feita a vossa vontade, não a minha’ ”? Se abraçarmos imediatamente o que Jesus quer, estaremos do lado do vencedor, poderemos estar certos de que a nossa aposta está garantida. Louvemos a Deus! Rendamos-lhe graças nesta Festa da Santa Cruz porque a Cruz vitoriosa de Cristo crucifica os nossos pecados, vence o mal, esmaga a cabeça da serpente e nos dá a glória do céu. Como a serpente de bronze outrora levantada no deserto curou os hebreus, assim é a Cruz de Cristo exaltada: ela nos dá vida nova, vida que vem do céu, vida em Cristo Jesus.”

*Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 13 de Setembro de 2024 (6a Feira)

 📆 13 de Setembro de 2024 (6a Feira) 

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SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA, MEMÓRIA (Cor Branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória) 

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😇 SANTOS DO DIA. 

S. JOÃO CRISÓSTOMO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA / MAURÍLIO E LIGÓRIO.

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⛪ Antífona de entrada: 

Os sábios brilharão como o esplendor do firmamento; e os que ensinam a justiça para muitos brilharão como as estrelas para sempre. (Cf. Dn 12, 3)

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☀️ Oração da Coleta 

Ó Deus, força dos que esperam em vós, quisestes que o bispo São João Crisóstomo brilhasse por sua admirável eloquência e coragem nas tribulações; concedei que, instruídos por seus ensinamentos, sejamos fortalecidos pelo exemplo de sua invencível constância. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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📖 1a Leitura - 1 Coríntios  9, 16-19. 22b-27

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✉ Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 16pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 

17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 

18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, e sem usar os direitos que o evangelho me dá.

19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 

22bCom todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 

23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. 

24Acaso não sabeis que os que correm no estádio correm todos juntos, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. 

25Todo atleta se sujeita a uma disciplina rigorosa em relação a tudo, e eles procedem assim, para receberem uma coroa corruptível. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível!

26Por isso, eu corro, mas não à toa. Eu luto, mas não como quem dá murros no ar. 

27Trato duramente o meu corpo e o subjugo, para não acontecer que, depois de ter proclamado a boa-nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.

 Palavra do Senhor.

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↪ 1a Leitura - 1 Coríntios  9, 16-19. 22b-27

 Reflexão - “Evangelizar é um imperativo da nossa alma.”

“A necessidade de pregar o Evangelho está intrínseca em cada um de nós que fomos imersos (as) no sangue de Cristo pelo Batismo. Portanto, evangelizar é um imperativo da nossa alma, é uma condição para que sejamos plenos da graça de Deus. Sendo, portanto, uma coisa inerente ao nosso ser, nós temos que, naturalmente e graciosamente, nos colocar à disposição de Deus. A recompensa nos é dada de acordo com a nossa atuação.  No entanto, como diz São Paulo, precisamos viver como pregamos e não podemos ficar somente nas palavras bonitas e nos conselhos edificantes. Somos chamados (as) até mesmo a ter que maltratar a nossa humanidade que dá preferência às coisas fáceis e prazerosas. Por isso, para salvar àqueles (as) que o Senhor nos confia precisamos nos inserir nas mais diversas situações. Ganharemos o prêmio na medida em que corrermos conforme a instruções do técnico. O prêmio é uma coroa incorruptível, isto é, uma realização pessoal que consiste na nossa salvação e santificação. Não corremos nem lutamos à toa. Temos um objetivo, um norte, um ideal e, para alcançá-lo, é preciso até que tratemos duramente o nosso corpo. Como você tem evangelizado? – Qual é o seu objetivo quando prega aos outros a Palavra de Deus? – Você tem tentado contrariar a sua humanidade para vivenciar os valores evangélicos? – O que para você é mais difícil?”

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📖 Salmo - 83

🗣 Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!”

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1⃣ Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!🗣

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2⃣ Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!🗣

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3️⃣ Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, e se decidem a partir quais peregrinos!🗣

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4️⃣ O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, e largamente distribui a graça e a glória. O Senhor nunca recusa bem algum àqueles que caminham na justiça.🗣

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 ↪ Salmo - 83

 Reflexão - “A nossa alma é semelhante a uma ave que voa em busca de um refúgio e de um lugar para pousar. O salmista nos ajuda a encontrar o nosso ninho na casa do Senhor e nos conscientiza que é aí que nós encontramos a alegria e o sossego para o nosso ser. O Senhor nunca nos recusa um lugar na Sua casa e todos nós podemos ser acolhidos no seu regaço e desfrutar das Suas bênçãos que são como o sol que nos aquece e o escudo que nos protege. Felizes seremos se, desde já, desejamos os altares do Senhor!”

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🍞🍇 Evangelho - Lucas 6, 39-42

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 Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Cf. Jo 17, 17b. a)

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 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.

Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 

40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 

41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?

42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

 Palavra da Salvação.

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↪ REFLEXÃO

 ”Como curar a nossa cegueira?”

“No Evangelho de hoje, Jesus ensina um grande remédio para nossas almas: a humildade de nos colocarmos diante de Deus com autocrítica para vencer a raiz da soberba. No Evangelho, Jesus diz assim: “Pode um cego guiar outro cego?”, e Ele começa a descrever a realidade de querer tirar o cisco do olho do irmão, e de não ver a trava no próprio olho. Pois bem, existe em nós essa tendência: você vê o defeito dos outros — o defeito dos outros grita, o defeito dos outros é claríssimo —, mas nós muitas vezes estamos dormindo para nossos próprios defeitos. Tudo isso acontece por causa de uma realidade: a soberba. Nós, seres humanos, a partir do pecado original, fomos mordidos pela serpente e, infelizmente, temos em nós a raiz de todos os nossos pecados, que é a soberba. Como nós poderíamos descrever a soberba? A soberba é a realidade dentro de nós que faz com que nos consideremos sempre melhores do que os outros, acima dos outros e, nos casos extremos, acima até mesmo de Deus. O que quer dizer “estar acima dos outros”? Vejamos isso na prática. Quantas e quantas vezes acontecem desastres na vida dos outros (problemas, desemprego, problema de saúde, mortes nas famílias etc.). Recebemos notícias de pessoas ao nosso redor sofrendo esse tipo de coisa no dia a dia, e nós — tudo bem —, vemos e nos compadecemos, mas seguimos em frente. Quando finalmente acontece alguma coisa conosco: “Por que isso foi acontecer comigo? Como? Por que eu?” Só essas perguntas já são um sinal enorme de soberba. Afinal, por que não pode acontecer conosco?! Se acontece com todo o mundo, por que  os problemas não podem acontecer conosco? Nós sempre tendemos a nos colocar como o centro do mundo, “especiais” no sentido pejorativo da palavra. Sim, nós somos especiais porque recebemos de Deus a misericórdia infinita e Ele nos trata como à pupila dos olhos, mas o problema é quando nós, com um olhar egocêntrico, nos achamos e nos colocamos acima dos outros. Aqui acontece a maior das cegueiras, diria até que, mais do que uma cegueira, é uma verdadeira demência. Por quê? Porque nós perdemos o contato com a realidade. Que você minta para os outros é grave, que você minta para você mesmo é enormemente pior, porque você perde o contato com a realidade: você não enxerga os seus defeitos, você não enxerga o seu egoísmo. Então, só existe um caminho para nos curarmos disso, é a humildade. Sim, rebaixar-se ao senhorio da verdade, enxergar a própria miséria e ver como todos nós somos necessitados de auxílio divino para mudar nossas vidas. Quando você vir o defeito de uma pessoa, quando você vir que uma pessoa está fazendo alguma coisa de errado, faça esse exercício que Jesus está nos ensinando aqui. Você viu o cisco no olho do irmão? Faça um exame de consciência e pense: “Mas eu também não ajo assim?”. Talvez perceba que muitas vezes você age de forma ainda pior. Isso é uma verdade dolorosa, mas que será extremamente salutar. É um remédio, um remédio que traz você de volta para a realidade, com os pés cravados no chão, porque, como Deus é a Verdade, Ele quer que nós caminhemos na verdade. Deus é a luz que ilumina nossa cegueira. Ele quer e Ele pode arrancar de nós a raiz da soberba.”

*Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)

*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)

📆 *14 de Outubro de 2024 (2a Feira)*

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