sábado, 26 de março de 2022

📆 *27 de Março de 2022 (Domingo)*

 📆 *27 de Março de 2022 (Domingo)* 

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*IV DOMINGO DA QUARESMA (Roxo, Creio – IV Semana do Saltério)*

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😇 *Santos do dia.* 

S. RUPERTO, BISPO / Bráulio, Emanuel e Marciano.

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⛪ *Antífona de entrada:* 

Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações. (Cf. Is 66, 10-11)

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☀️ *Oração do Dia* 

Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor e exultando de fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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📖 *1a Leitura - Josué 5, 9a. 10-12*

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✉Leitura do Livro de Josué. 

Naqueles dias, 9ao Senhor disse a Josué: “Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito”. 

10Os israelitas ficaram acampados em Guilgal e celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, na planície de Jericó. 

11No dia seguinte à Páscoa, comeram dos produtos da terra, pães sem fermento e grãos tostados nesse mesmo dia.

12O maná cessou de cair no dia seguinte, quando comeram dos produtos da terra. Os israelitas não mais tiveram o maná. Naquele ano comeram dos frutos da terra de Canaã.

*Palavra do Senhor*

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↪ *1a Leitura - Josué 5, 9a. 10-12*

*Reflexão - “O que é preciso é aquilo a que os profetas chamaram a “circuncisão do coração”*

“Somos convidados, neste tempo de Quaresma, a uma experiência semelhante à que fez o Povo de Deus de que fala a primeira leitura: é preciso pôr fim à etapa da escravidão e do deserto, a fim de passar, decisivamente, à vida nova, à vida da liberdade e da paz. E a circuncisão? A circuncisão física é um rito externo, que nada significa… O que é preciso é aquilo a que os profetas chamaram a “circuncisão do coração” (Dt 10,16; Jr 4,4; cf. Jr 9,25): trata-se da adesão plena da pessoa a Deus e às suas propostas; trata-se de uma verdadeira transformação interior que se chama “conversão”. O que é que é preciso “cortar” na minha vida ou na vida da minha comunidade cristã (ou religiosa) para que se dê início a essa nova etapa? O que é que ainda nos impede de celebrar um verdadeiro compromisso com o nosso Deus? A partir dessa “circuncisão do coração”, podemos celebrar com verdade a vida nova, a ressurreição. A celebração da Páscoa será, dessa forma, o anúncio e a preparação dessa Páscoa definitiva (a Páscoa escatológica), que nos trará a vida plena.”

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📖 *Salmo – 33*

🗣 *Provai e vede quão suave é o Senhor!* 

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1️⃣ Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!🗣 

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2️⃣ Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.🗣

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3️⃣ Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.🗣 

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↪ *Salmo – 33* 

*Reflexão* - “O salmo nos induz a descobrir o sabor de Deus.  Como poderemos fazer isto? Só quando experimentamos a ação de Deus no nosso coração nós temos ideia de que Ele é suave, é prazeroso, é leve, é doce. Quem tem esta sensação é a nossa alma e percebemos a ação de Deus nas nossas emoções, nos nossos sentimentos, nos nossos desejos e nas coisas que sentimos quando estamos com Ele. – Você já provou o gosto de Deus? -  Qual a sensação que você teve? – Qual é o gosto de Deus para você?”                          

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📖 *2a Leitura - 2 Coríntios 5, 17-21*

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✉Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos: 17Se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. 

18E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação.

19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. 

20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 

21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.

*Palavra do Senhor.* 

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↪ *2a Leitura - 2 Coríntios 5, 17-21*

*Reflexão - “A palavra-chave desta leitura é “reconciliação.”*

“A palavra-chave desta leitura é “reconciliação” (das dez vezes que Paulo utiliza o verbo “reconciliar” e o substantivo “reconciliação”, cinco correspondem a esta passagem). Transparece, portanto, aqui, a angústia de Paulo pelo “distanciamento” dos seus queridos filhos de Corinto e a sua vontade de refazer a comunhão com eles. Mas, para além da reconciliação entre os coríntios e Paulo, é necessária a reconciliação entre os coríntios e Deus. Daí a ardente chamada do apóstolo a que os coríntios se deixem reconciliar com Deus. “Em Cristo”, Deus ofereceu aos homens a reconciliação; aderir à proposta de Cristo é acolher a oferta de reconciliação que Deus fez. Ser cristão implica, portanto, estar reconciliado com Deus (isto é, aceitar viver com Ele uma relação autêntica de comunhão, de intimidade, de amor) e com os outros homens. Isto significa, na prática, ser uma criatura nova, um homem renovado. É desta reconciliação que Paulo se fez “embaixador” e arauto; o ministério de Paulo passa por pedir aos coríntios que se reconciliem com Deus e que nasçam, assim, para a vida nova de Deus. É evidente que esta chamada não é só válida para os cristãos de Corinto, mas serve para os cristãos de todos os tempos: os homens têm necessidade de viver em paz uns com os outros; mas dificilmente o conseguirão, se não viverem em paz com Deus. O texto termina (vers. 21) com uma referência à eficácia reconciliadora da morte de Cristo: pela cruz, Deus arrancou-nos do domínio do pecado e transformou-nos em homens novos. Que quer isto dizer? Ao ser morto na cruz pela Lei, Cristo mostrou como a Lei só produz morte, desqualificou-a e afastou-nos dela, permitindo-nos o verdadeiro encontro com Deus; e pela cruz, Jesus ensinou-nos o amor total, o amor que se dá, libertando-nos do egoísmo que impede a reconciliação com Deus e com os irmãos.”

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🍞🍇 *Evangelho - Lucas 15, 1-3. 11-32*

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 _Louvor e honra a vós, Senhor Jesus._ 

 _Vou levantar-me e vou a meu pai e lhe direi: Meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti. *(Lc 15, 18)*_

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 *Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo Lucas.* 

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 

2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 

3Então Jesus contou-lhes esta parábola:

11“Um homem tinha dois filhos. 

12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.

13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 

14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.

15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 

16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 

18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.

21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 

23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 

24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 

26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.

27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele.

29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 

30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 

32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’”.

 *Palavra da Salvação.* 

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↪ *REFLEXÃO*


 *“O filho pródigo somos nós.”*


“Quando Cristo conta a parábola do filho pródigo, é a nós que Ele se dirige. Somos nós o pecador que gastou os próprios bens com prostitutas e terminou invejando a comida dos porcos. Assim como o filho mais novo "caiu em si" e voltou para a casa de seu pai, no entanto, também nós somos chamados, a ouvir a voz de Deus e recorrer à sua infinita misericórdia. Ao pedir ao pai que lhe dê a sua parte da herança, o filho mais novo manifesta que quer ser independente de Deus. A Vulgata Latina usa a expressão portionem substantiae, e é quase inevitável lembrar a petição do Pai Nosso a que Deus nos dê hoje o pão nosso supersubstancial (cf. Mt 6, 11: "Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie"). De fato, Ele nos criou para que fôssemos dependentes d'Ele, para que recebêssemos d'Ele a substância necessária para a nossa vida. Essa é a correta relação entre Criador e criatura. Mas o filho da parábola quer tomar o lugar do pai e prover o seu próprio sustento. O pai, então, divide a herança, dá ao seu filho a porção que lhe cabe e, dias depois, este parte "para um lugar distante", onde dissipa os seus bens, é visitado pela fome e termina trabalhando para um patrão cruel, que o encarrega do cuidado dos porcos. Santo Agostinho, comentando essa passagem das Escrituras, escreve que: "O que se diz que ele fez depois de não muitos dias, quando reuniu tudo e partiu para uma região longínqua, é porque não muito tempo depois da instituição do gênero humano aprouve à alma, pelo livre arbítrio, carregar consigo certo poder da sua natureza e desertar de Deus, confiando em suas próprias forças — as quais ele consumia tanto mais rápido quanto mais se afastava de quem lhas tinha dado. Eis porque se chama essa vida de pródiga, uma vida que ama gastar e exibir pompas exteriores enquanto o seu interior se vai esvaziando. [...] A região longínqua é o esquecimento de Deus. A fome naquela região é a indigência da palavra da verdade; o habitante daquela cidade é algum príncipe aéreo pertencente à milícia do diabo; o seu campo é como a sua potestade; os porcos imundos são os espíritos que estão submetidos a ele; as lavagens com que cuidava dos porcos são as doutrinas estéreis do mundo, nas quais ressoam vaidosamente vários discursos e poemas em louvor dos ídolos e das fábulas dos deuses dos gentios, para deleite dos demônios. Ele desejava saciar-se dessa lavagem, queria encontrar nela algo sólido e reto, pertencente à vida bem-aventurada, mas não o podia, pelo que diz o evangelista: 'E ninguém lhe dava'." É quando já se encontra submisso a um principado dos demônios, alimentando o prazer do inferno, que o filho pródigo cai em si e se lembra de seu pai. Deus está sempre movendo interiormente o pecador a Si e chamando-o à conversão, mas sem que se encontre consigo mesma, nenhuma alma é capaz de responder-Lhe. Muitos pecadores não voltam para Deus porque estão hipnotizados por suas paixões desordenadas, que os impedem de perceber a divina brisa suave que os visita. — Mas eu sou incapaz de sair dessa situação! — alguém pode indagar. É bem verdade que, por si mesmos, todos são incapazes de sair da miséria do pecado. Daí a necessidade da redenção e da salvação, que Cristo opera ativamente em nós. Na parábola do filho pródigo, essa intercessão acontece de modo invisível, mas, nas parábolas anteriores contadas pelo Senhor, há o pastor que sai à procura da ovelha perdida e a dona de casa que procura a moeda que perdeu. As duas figuras são imagens de Cristo e da Igreja, que correm atrás do pecador para trazer-lhe de volta à comunhão com Deus.  Em nossa vida, isso acontece de forma bem clara através do verbo interior que ecoa em nossa consciência, chamando-nos à conversão e à mudança de vida. Esse verbo, que fala aos corações dos maiores pecadores da face da terra, só pode ser ouvido por quem reduz os seus sentimentos ao silêncio. Ao falarmos com Deus, é preciso que abandonemos as vozes enganadoras da nossa carne e ouçamos a voz da fé: aquelas dizem que não prestamos, que não temos mais jeito, que seremos sempre escravos; esta, todavia, nos diz que Cristo morreu por nós, que podemos sim ser santos, que a Sua cruz nos libertou do mal de uma vez para sempre. Se caímos na desgraça do pecado, levantemo-nos, pois, e procuremos o tribunal da reconciliação e da misericórdia de Deus. Embora estejamos chorando interiormente, há grande alegria no Céu por voltarmos definitivamente à Sua casa. Deus abençoe você!”  

*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)_

*_Outros Comentários: Padres Dehonianos (https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3742) e Salmo Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)_


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