sábado, 19 de fevereiro de 2022

*20 de Fevereiro de 2022 (Domingo)*

 📆 *20 de Fevereiro de 2022 (Domingo)* 

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*VII DOMINGO DO TEMPO COMUM (Verde, Glória, Creio – II Semana do Saltério)*

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😇 *Santos do dia.* 

S. LEÃO DE CATÂNIA, BISPO / SÃO ELEUTÉRIO / ZENÓBIO E NILO.

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⛪ *Antífona de entrada:* 

Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. *(Sl 12, 6)*

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☀️ *Oração do Dia* 

Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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📖 *1a Leitura - 1 Samuel 26, 2. 7-9. 12-13. 22-23*

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✉Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 2Saul pôs-se em marcha e desceu ao deserto de Zif. Vinha acompanhado de três mil homens, escolhidos de Israel, para procurar Davi no deserto de Zif.

7Davi e Abisai dirigiram-se de noite até ao acampamento, e encontraram Saul deitado e dormindo no meio das barricadas, com a sua lança à cabeceira, fincada no chão. Abner e seus soldados dormiam ao redor dele.

8Abisai disse a Davi: “Deus entregou hoje em tuas mãos o teu inimigo. Vou cravá-lo em terra com uma lançada, e não será preciso repetir o golpe”.

9Mas Davi respondeu: “Não o mates! Pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar impune?”

12Então Davi apanhou a lança e a bilha de água, que estavam junto da cabeceira de Saul, e foram-se embora. Ninguém os viu, ninguém se deu conta de nada, ninguém despertou, pois todos dormiam um profundo sono que o Senhor lhes tinha enviado.

13Davi atravessou para o outro lado, parou no alto do monte, ao longe, deixando um grande espaço entre eles.

22E Davi disse: “Aqui está a lança do rei. Venha cá um dos teus servos buscá-la! 

23O Senhor retribuirá a cada um conforme a sua justiça e a sua fidelidade. Pois ele te havia entregue hoje em meu poder, mas eu não quis estender a minha mão contra o ungido do Senhor.

*Palavra do Senhor*

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↪ *1a Leitura - 1 Samuel 26, 2. 7-9. 12-13. 22-23*


*Reflexão - “Fidelidade comprovada.”*

“Esta leitura nos motiva a refletir acerca da nossa fidelidade como servos e servas de Deus que confiam nos Seus desígnios e esperam pela Sua recompensa. Saul, rei de Israel, por inveja, procurava de todas as formas acabar com a vida de Davi, seu servo. Assim, ele se acompanhava de um exército formado de três mil homens e caçava Davi no deserto, como nos fala a narrativa. No entanto, O Senhor protegia Davi e não deixou que ele caísse na arapuca do inimigo. Desta maneira quando encontrou Saul dormindo, se recusou a mata-lo, conforme insinuação de Absai, seu companheiro: Deus entregou hoje em tuas mãos o teu inimigo. Vou cravá-lo em terra com uma lançada, e não será preciso repetir o golpe”.  A sua fidelidade fez com que Davi respeitasse o ungido de Deus, mesmo que este o perseguisse e jurasse de morte. Por isso, ele refutou: Não o mates!  Pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor e ficar impune?” Diante desses fatos, nós conseguimos apreender que a justiça de Deus se realiza diferentemente da justiça dos homens. Os homens, quando têm oportunidade de vingar-se dos inimigos, não levam em conta se o que pretendem fazer está em conformidade com os desígnios de Deus para sua vida. Agem por impulso e conforme a sua humanidade decaída os leva a praticar. Davi estava sob a proteção de Deus, confiou na Sua misericórdia e Dele esperava a recompensa. Estejamos certos de que todos nós que nos consideramos servos do Senhor, estamos também sob a Sua proteção, por isso, não precisamos aproveitar oportunidades para eliminar os nossos inimigos, mesmo que estes tramem acabar com a nossa vida. Deus é justo e fiel e deseja que sejamos também, servos justos e fiéis, entregando a Ele o nosso destino e a nossa vida. – Você espera por oportunidade para vingar-se das pessoas que se consideram suas inimigas? – Você tem algum sentimento de vingança no coração? – Você segue o conselho de alguém que lhe induz a fazer o mal? – Como você tem reagido diante das pessoas que lhe ofendem?”

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📖 *Salmo – 102*

🗣 *O Senhor é bondoso e compassivo.* 

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1️⃣ Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!🗣 

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2️⃣ Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.🗣

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3️⃣ O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.🗣 

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4️⃣ Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem.🗣



↪ *Salmo – 102* 


*Reflexão* - “Aquele que teme o Senhor tem uma alma agradecida e entregue à Sua Misericórdia. Confia no Senhor, e mesmo que seja um grande pecador, sabe que a Sua compaixão é indulgente, favorável, bondosa e paciente. Deus não nos trata conforme as nossas faltas, pois é o Pai que nos criou e sabe que o pecado devastou a nossa humanidade. Assim Ele nos cura nos salva e nos redime.”                          

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📖 *2a Leitura - 1 Coríntios 15, 45-49*

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✉Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos: 45O primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante.

46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual.

47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu.

48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes.

49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

*Palavra do Senhor.* 

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↪ *2a Leitura - 1 Coríntios 15, 15, 45-49*


*Reflexão - “A nossa humanidade foi divinizada”*

“São Paulo explica como nós, que somos homens terrestres, podemos nos tornar homens celestes.  O primeiro homem, Adão “foi um ser vivo”, isto é um ser que, tirado da terra, viveu e morreu. O segundo Adão, veio do céu, é Jesus Cristo, um espírito vivificante. Jesus Cristo veio do céu e nos deu o Seu  Espírito Santo que nos torna homens novos, conformados à Sua Imagem e Semelhança. Em Jesus a nossa humanidade foi divinizada e não podemos dizer mais que pertencemos à terra, mas que o nosso lugar é o céu. Nós refletimos a imagem do homem terrestre na nossa compleição física, no nosso temperamento, mas podemos refletir a imagem do homem celeste, guiado pelo Espírito Santo quando vivenciamos as virtudes e dons que recebemos no nosso Batismo. – Você tem somente as características do homem terrestre ou já reflete a imagem do homem celeste? – Você já se apossou dos dons que recebeu no Batismo? – Você acha que tem em si também o homem celeste? – Você tem conseguido refletir a luz de Deus no mundo?”

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🍞🍇 *Evangelho - Lucas 6, 27-38* 

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 _Aleluia, Aleluia, Aleluia_ 

 _Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem, agora, vos dou; que, também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor. *(Jo 13, 34)*_

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 *Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Lucas.* 

aquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 

28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam.

29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.

30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.

32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam.


33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim.

34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia.

35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 

36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.

37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 

38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

 *Palavra da Salvação.* 

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↪ *REFLEXÃO*


 *“Um amor escandaloso.”*


“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” Amor aos inimigos (Mt 5,43-48). — V. 43. A antiga Lei mandava amar o próximo (Lv 19,18); mas pelo nome próximo (רֵעַ, amigo, companheiro) entendia-se somente o da mesma tribo ou nação, i.e. um homem da mesma origem (israelítica) e da mesma religião, como se vê pelo contexto. Isso é confirmado por ditos rabínicos que explicam Lv 19,18: [amarás] “o próximo, não [porém] os outros [i.e. os estrangeiros]”; “o próximo, mas não os samaritanos, estrangeiros, prosélitos tôshâbh [i.e. não conversos]” (cf. Mekhilta xxi 14.35, apud *Strack-Billerbeck i 354). A segunda parte, odiarás o teu inimigo, i.e. os estrangeiros, os não judeus etc., não consta na Lei nem em outros escritos, mas parece ser uma consequência prática ou também uma glosa rabínica; ao menos exprime com exatidão o espírito dos judeus daquela época. Esta consequência (glosa) e espírito nasceram paulatinamente do preceito da Lei acerca da destruição dos outros povos (cf. Ex 17,16; Dt 7,2; 20,13-18; 23,4-7; 25,17ss; Nm 34,52.55; 1Sm 15,3 etc.); a inimizade com os gentios converteu-se assim em ódio contra qualquer estrangeiro. Além disso, inúmeras passagens do AT parecem respirar vingança e ódio, seja nacional ou religioso (cf. 1Rs 2,8s; Jr 18,19ss; Sl 108 [109] etc.). Estes sentimentos foram alimentados, sobretudo na época dos Macabeus, por contínuos conflitos pro aris et focis. De fato, os judeus tanto prática como doutrinalmente tinham ódio encarniçado a qualquer estrangeiro. São célebres as palavras de Tácito a esse respeito: “Entre eles, a fidelidade é inquebrantável e rápida a misericórdia, mas contra os de fora impera um ódio hostil” (hist. v. 5; cf. Flávio Josefo, antiq. xi 6, 5; Cícero, pro Flacco 28). Além disso, a Mishna recomenda com frequência ter ódio aos israelitas infiéis, samaritanos, hereges, publicanos, ammê ha-’ares etc. Com toda a razão, pois, o Senhor podia dizer: Ouvistes o que foi dito… odiarás (= te é lícito odiar) o teu inimigo. V. 44. (cf. Lc 6,27s.35) Cristo aperfeiçoa o preceito da antiga Lei sobre o próximo e corrige a interpretação perversa que se lhe dera. Os discípulos da Nova Lei devem amar não só o próximo (amigos, familiares, conterrâneos etc.), mas também os inimigos, i.e. aqueles que os odeiam e perseguem (Mt.), amaldiçoam e caluniam (Lc.). A esta quádrupla manifestação de ódio se deve corresponder com os atos contrários: amai e orai (Mt.), abençoai e fazei bem (Lc.). Logo, há que responder ao ódio com afeto, desejo, oração e boas obras. Põem-se em seguida alguns exemplos de boas obras: dar em empréstimo o que se pede, sem esperar recompensa (Lc.), saudar (Mt.) etc. O amor aos inimigos de algum modo já aparece no AT (e.g. Ex 23,4s; Pv 25,21s, onde se prescreve auxiliar o inimigo em necessidade). Mas estas passagens, na verdade, nunca chegaram a melhorar as disposições dos judeus para com os inimigos, muito menos lhes sugeriram um princípio positivo e universal, semelhante ao de Cristo, sobre o amor aos inimigos. No máximo, algumas expressões recomendam aqui e ali não se alegrar com as adversidades dos inimigos, não pagar o mal com o mal e coisas afins. O primeiro de todos a promulgar a doutrina exposta acima foi Cristo, doutrina que seus discípulos abraçaram de todo o coração (cf. Rm 12,14-21; 1Pd 3,8s; Santo Inácio, ad Eph. 10,23s etc.). Eis a maior glória do Evangelho em matéria moral: “Amar os amigos, todos o fazem; amar os inimigos, somente os cristãos” (Tertuliano, ad Scap. 1: M 1,777). V. 45ss. Para melhor persuadir seus ouvintes deste dever de amor universal, o divino Mestre recorre a três argumentos. Devem, pois, amar os inimigos: a) para se tornarem filhos do (i.e. semelhantes ao) nosso Pai, que faz nascer o Sol sobre maus e bons etc., ou seja, que dá a todos indiscriminadamente a graça de seus múltiplos benefícios [2]; b) para terem direito a alguma recompensa, i.e. para que suas ações sejam dignas de prêmio, pois quem ama apenas os seus, com amor meramente natural e em proveito próprio, não receberá de Deus retribuição alguma; c) para fazerem mais do que já fazem os pagãos e os publicanos (em Lc 6,32: os pecadores), pelos quais os judeus tinham um profundo desprezo (cf. Dt 7,2; Mt 18,17; At 10,28 etc.). V. 48. Este v. contém a regra de perfeição que nessa matéria cumpre seguir: Portanto, sede perfeitos (τέλειοι) como o vosso Pai celeste é perfeito. Como se depreende do contexto e de Lc. (6, 36: Sede pois misericordiosos), em particular, é evidente que toda esta cláusula apresenta um resumo da exortação à caridade fraterna feita acima, ainda que possa interpretar-se também em sentido amplo e aplicar-se a qualquer outra virtude. Deus abençoe você!”  

*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)_

*_Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)_


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