📆 23 de Junho de 2025 (2a Feira)
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SEGUNDA-FEIRA DA XII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do dia)
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😇 Santos do dia
S. José Cafasso, presbítero de Turim / SS. Zacarias e Isabel, pais de S. João Batista
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⛪ Antífona de entrada:
O Senhor é a força do seu povo, é a fortaleza de salvação do seu Ungido. Salvai, vosso povo, Senhor, abençoai vossa herança e governai-a pelos séculos. (Sl 27, 8-9)
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☀ Oração da Coleta
Concedei-nos, Senhor, a graça de sempre temer e amar vosso santo nome, pois nunca cessais de conduzir os que firmais solidamente no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
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📖 1a Leitura - Gn 12, 1-9
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✉ Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias, 1 o Senhor disse a Abrão: "Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2 Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!". 4 E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. 5 Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram. 6 Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. 7 O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: "Darei esta terra à tua descendência". Abrão ergueu ali um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido. 8 De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. 9 Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb.
Palavra do Senhor.
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↪ 1a Leitura - Gn 12, 1-9
Reflexão - “a conquista da nova terra”
Sem saber para onde teria de ir nem tampouco como conseguiria chegar, Abrão seguiu em busca da terra que Deus lhe prometera. Partiu como o Senhor lhe havia dito sem argumentar nem duvidar. Ele apenas acreditou e confiou nas promessas de bênção do Senhor para ele e a sua descendência, mesmo que ainda não tivesse gerado nenhum filho. O Senhor nos chama também a deixar a “terra e a família”, isto é, abandonar tudo o que nos prende à nossa vida velha e sem sentido. A família, no caso, significa as pessoas a quem nos apegamos e que nos impedem de seguir a Deus sem constrangimento e sem barreiras. A terra, é a situação na qual nos prendemos, nos enraizamos e, por isso, também se torna para nós motivo de acomodação e renitência. O Senhor nos promete também, terra e bênção, para nós e para a nossa descendência, desde que nos tornemos livres dos padrões que o mundo nos impõe dando passos concretos em busca de uma vida consoante com o modelo evangélico de viver. Desse modo, nós somos filhos de Abraão, pela fé e pela obediência. Somos parte da sua descendência e teremos também garantido o nosso lugar no reino dos céus. – Você já se sentiu chamado por Deus (a) a abandonar “a terra e a família” para obedecer somente a Ele? – Qual foi a sua resposta? – Você já deu algum passo concreto em relação a essa convocação?
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📖 Salmo - 32(33)
🗣 Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
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1⃣ Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens. 🗣
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2⃣ Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. 🗣
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3⃣ No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! 🗣
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↪ Salmo - 32(33)
Reflexão - “A graça de Deus se manifesta na nossa vida na mesma proporção em que confiamos no cumprimento das Suas promessas para nós. Podemos fazer essa experiência quando, em algumas ocasiões em que somos afligidos nós reconhecemos a nossa incapacidade e limitação e nos entregamos ao Senhor refletindo, principalmente, na Sua Palavra que é reta e que faz jus a a nossa esperança. A Palavra de Deus nos dá a certeza de que seremos vitoriosos pois o Seu olhar está sobre nós e Ele não nos desampara
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🍞🍇 Evangelho - Mateus 7, 1-5
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Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração. (Hb 4, 12)
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Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis, e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
Palavra da Salvação.
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↪ REFLEXÃO
“A hipocrisia nos desliga da realidade”
“Iniciamos hoje o capítulo 7 do Evangelho de São Mateus, mas estamos ainda no Sermão da Montanha, pérola preciosa do ensinamento de Cristo. No capítulo 6, Jesus nos expôs os preceitos do Antigo Testamento, a Lei enquanto tal. Agora, Ele começa o capítulo 7 tentando orientar como devem ser os nossos julgamentos. Ou seja, há uma lei, mas para se aplicar a lei é preciso que alguém julgue adequadamente.
Por isso Nosso Senhor nos adverte para que não tenhamos juízos precipitados. Não podemos julgar os outros no nosso coração, no nosso interior. Podemos, sim, julgar os atos externos, mas é a Deus que cabe o juízo do coração. Por quê? Porque não temos acesso ao coração das pessoas. Então, em primeiro lugar, cautela: “Não julgueis, e não sereis julgados. Com a mesma medida com que medirdes sereis medidos”.
Isso quer dizer também o seguinte: nós temos a tendência de ser muito mais severos com os outros do que com nós mesmos. Cada um é o seu melhor advogado, não é verdade? Temos sempre uma desculpa por não ter cumprido um preceito, por não ter observado uma lei, por não ter obedecido a Deus, enquanto que, para os outros, não temos desculpa. Seguimos o lema: “Comigo misericórdia, com os outros, severidade”. Jesus quer nos advertir para a hipocrisia dessa conduta. Hipocrisia é quando personagem. Hipócrita é isso: ὑποκριτής (hypokritḗs) é personagem, máscara. Termina-se criando uma máscara. E o mais grave do hipócrita não é a máscara que ele cria para o outro, mas a que ele cria para si mesmo.
Algumas pessoas acham que o pecado da hipocrisia e da vaidade só acontece externamente, quando há alguém observando. Ora, o mais grave da hipocrisia e da vaidade não é que haja alguém lá fora a nos observar e a pensar: “Nossa, como ele é santo”. O mais grave da hipocrisia e da vaidade é que nós olhamos para nós mesmos, pensando: “Nossa, como eu sou santo”.
Por quê? Porque, quando a hipocrisia é simplesmente falsidade com os outros, estamos errados, mas pelo menos ainda temos contato com a realidade, pelo menos ainda sabemos quem somos. Mas quando a hipocrisia e a vaidade atingem o núcleo do coração, e começamos a acreditar na mentira que contamos para nós mesmos, então saímos do mundo real e as coisas se tornam mais graves.
É exatamente aqui, neste núcleo, que está o problema do julgamento. Se eu julgo o outro com extrema severidade, mas julgo a mim mesmo com leniência e misericórdia, é sinal de que esqueci quem sou, é sinal de que perdi contato comigo mesmo. Ora, quando se perde contato com a realidade daquilo que se é, o edifício espiritual inteiro já não pode subsistir.
Por quê? Porque, a vida espiritual depende de um “eu” que se encontra com “alguém”. Se eu me encontro com Deus, ou se me encontro com o próximo, mas não me encontro comigo mesmo, esses outros contatos são totalmente inexistentes. Como posso me apresentar diante de Deus, se perdi o contato com a realidade?
Eis o problema da hipocrisia. O hipócrita, que condena os outros e não enxerga o próprio pecado, é uma pessoa que perdeu o contato com a realidade. A realidade é dolorosa, mas libertadora. Nosso Senhor disse: “A verdade vos libertará” (Jo 8, 32).
Então, antes de julgarmos os outros, observemos a nós mesmos e procuremos ver-nos com o olhar com que o próprio Deus nos vê.
*Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)
*Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://https://blogdasagradafamilia.blogspot.com/)
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