segunda-feira, 23 de setembro de 2024

📆 04 de Agosto de 2024 (Domingo)

 📆 04 de Agosto de 2024 (Domingo) 

_ _ _ _ _ _ 

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (Verde, Glória, Creio – I Semana do Saltério) 

_ _ _ _ _ _ 

😇 Santos do dia. 

S. JOÃO MARIA VIANNEY, CURA DE ARS, PADROEIRO DO CLERO COM CURA DAS ALMAS / SS. JUSTINO E CRESCENCIANO, MÁRTIRES, NA VIA TIBURTINA / LUGAIDO.

_ _ _ _ _ _

⛪ Antífona de entrada: 

Vinde ó Deus em meu auxílio, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me. Sois meu Deus libertador e meu auxílio. Não tardeis em socorrer-me, ó Senhor! (Cf. Sl 69, 2. 6)

_ _ _ _ _ _ 

☀️ Oração da Coleta 

Assisti, Senhor, os vossos fiéis e cumulai com vossa inesgotável bondade, aqueles que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

_ _ _ _ _ _ 

📖 1a Leitura - Êxodo 16, 2-4. 12-15

_ _ _ _ _ _ 

✉ Leitura do Livro do Êxodo.

Naqueles dias, 2a comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 

3“Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?”

4O Senhor disse a Moisés: “Eis que farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia, a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. 

12Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”.

13Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 

14Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra.

15Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.

Palavra do Senhor. 

_ _ _ _ _ _

↪ 1a Leitura - Êxodo 16, 2-4. 12-15

Reflexão - “No meio do caminho, nós também somos provados”

“Os israelitas agora se lamentavam por terem deixado “as panelas de carne” e o pão que comiam com fartura, no Egito, terra na qual eles haviam sido escravizados. A necessidade do pão material fez com que eles esquecessem tudo quanto o Senhor lhes havia providenciado até aquele momento e começaram a murmurar contra Moisés e contra Deus. No entanto, mesmo diante da incompreensão do povo, o Senhor prometeu-lhe o pão e a carne que veio em abundância em forma de maná, (que é isso?), e de codornizes. Fazendo um paralelo com a travessia no deserto da vida, nós também percebemos que há momentos em que estamos maravilhados com a providência de Deus e com a Sua intervenção, enquanto somos livrados de males e salvos de situações as quais temos de enfrentar. Assim, quando conhecemos o poder do amor de Deus, nós dizemos que aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Mestre, nosso Guia e Libertador. Acontece, então, que Jesus nos arranca das situações de pecado e nós começamos a fazer uma caminhada de conversão. No entanto, no meio do caminho, nós também somos provados, “para que saibamos quem é o Senhor nosso Deus” e a fome de carne bate à nossa porta. Como aconteceu com o povo no deserto, nós temos saudades do tempo da escravidão, quando tínhamos uma “falsa liberdade” para satisfazer a vontade do nosso ser carnal. São momentos de aridez, de desconfiança, de falta de fé e de desânimo que nos levam também a murmurar e a desejar desistir e voltar atrás. Entretanto, nunca poderemos nos esquecer de que da mesma forma que Moisés foi intercessor do povo de Deus no deserto, Jesus Cristo é, diante do Pai, o nosso justificador e mediador e, somente Ele, poderá nos enviar o alimento que o Pai providenciou para nós, o verdadeiro Pão da vida. O maná que a cada dia descia dos céus para os antigos é, hoje, o Pão da Palavra e da Eucaristia que nos fortalecem o corpo, a alma e o espírito.  Assim sendo, não precisamos murmurar quando estivermos na sequidão do deserto. Peçamos a Jesus que interceda ao Pai por nós e Ele nos saciará e providenciará o Pão da vida. – Você costuma murmurar quando lhe faltam a fé e a esperança? – Você tem saudades do tempo em que vivia na escravidão do pecado? – Você tem pedido a Jesus que o (a) alimente com o Pão da Palavra e da Eucaristia? – Você tem fome do amor de Deus?” 

_ _ _ _ _ _ 

📖 Salmo – 77 

🗣 O Senhor deu a comer o pão do céu.

 _ _ _ _ _ _ 

1️⃣ Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, e transmitiram para nós os nossos pais, não haveremos de ocultar a nossos filhos, mas à nova geração nós contaremos: as grandezas do Senhor e seu poder.🗣 

_ _ _ _ _ _

2️⃣ Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, e as comportas das alturas fez abrir; fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu.🗣

_ _ _ _ _ _

3️⃣ O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundância; conduziu-os para a Terra Prometida, para o Monte que seu braço conquistou.🗣 

_ _ _ _ _ _

↪ Salmo – 77 

Reflexão - “Da mesma forma como fez com os antigos é o Senhor quem providencia para nós o alimento em abundância. Esta verdade nós precisamos transmiti-la a todos com quem convivemos e deixá-la escrito para os que nos sucederem. Por isso, o salmista nos diz que não ocultemos a nossos filhos, mas sim contemos à nova geração as grandezas do Senhor e seu poder para que eles possam caminhar confiantes neste mundo em busca da terra prometida, o monte que o seu braço conquistou para nós.”                          

_ _ _ _ _ _ 

📖 2a Leitura - Efésios 4, 17. 20-24

_ _ _ _ _ _ 

✉ Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos: 17Eis, pois, o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada.

20Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 

21se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 

22Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 

23e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 

24Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.

_ _ _ _ _ _

↪ 2a Leitura - Efésios 4, 17. 20-24

Reflexão - “Nasceu em nós, o homem novo”

“São Paulo nos exorta a seguir os ensinamentos de Jesus por meio da Palavra que veio nos revelar. Assim, portanto, Ele nos incentiva a permanecer firmes, renunciando à vida passada e, não   vivendo como os pagãos, que usam a inteligência para as coisas que não nos ajudam em nada. O primeiro passo que precisamos dar é, sem dúvidas, nos despojar do homem de mentalidade velha e corrompida pelo mundo, que tudo faz por interesse próprio e não considera o seu próximo digno de receber atenção. Depois, precisamos deixar que o nosso espírito se renove pela ação do Espírito Santo que tem o poder de fazer uma obra nova no nosso coração, reconstruindo a nossa humanidade criada à imagem e semelhança de Deus. Quando temos consciência desse processo, nós também já podemos admitir que nasceu em nós, o homem novo criado em verdadeira justiça e santidade. Tudo o que era velho e carnal, passa então a não ter mais sentido, pois já surge em nós a nova aurora, isto é, uma perspectiva de vida diferente e mais prazerosa ao nosso espírito. – Você já começou a viver este processo? – Você já se entregou ao Espírito Santo para que Ele o (a) renove? – Em você já nasceu o homem novo? – Tudo o que era velho já passou?”

_ _ _ _ _ _

🍞🍇 Evangelho - João 6, 24-35

_ _ _ _ _ _ 

 Aleluia, Aleluia, Aleluia 

 O homem não vive somente de pão, mas vive de toda palavra que sai da boca de Deus e não só de pão, amém, aleluia, aleluia! (Mt 4, 4b)

_ _ _ _ _ _ 

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São João. 

Naquele tempo, 24quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 

25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 

26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 

27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 

28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”

29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

30Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 

31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.

32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 

33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 

35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

 Palavra da Salvação. 

_ _ _ _ _ _ 

↪ REFLEXÃO

 “JESUS, O PÃO DA VIDA"

“O texto de hoje inicia-se com a observação de Jesus de que muitos o procuravam, não para assumir o seu projeto de vida, nem para segui-lo na doação até a morte, mas simplesmente por causa dos seus milagres, ou sinais, como são chamados no Quarto Evangelho. Uma observação que pode valer para muitas expressões religiosas hoje, em todas as Igrejas cristãs, onde a busca do milagroso e da prosperidade individual tomam o lugar do seguimento diário de Jesus na construção de um mundo onde todos “têm a vida e a vida plenamente” (Jo 11,10), conforme a vontade do próprio Jesus. Diante desse deslocamento de interesse das multidões, Jesus as adverte que devem trabalhar pelo alimento que não se estraga (v.27). À primeira vista, pode parecer que esse versículo dê corda para uma leitura alienante, espiritualizante, que apresente o seguimento de Jesus como algo somente no nível dito espiritual, sem conseqüências maiores para a sociedade e o mundo atual. Ledo engano! Longe de Jesus pregar uma mensagem que tivesse como resultado o abandono dos pobres e marginalizados, em um mundo cada vez mais desumano e excludente. O que Ele contesta é uma vida que põe a acumulação de bens como sua meta. De novo, uma advertência mais do que atual para os nossos dias, onde a pós-modernidade apresenta o consumismo de bens, e a acumulação deles como garantia de felicidade, e onde se cria uma sociedade excludente, onde não há lugar para quem não pode produzir nem consumir. Jesus quer que haja equilíbrio nas nossas vidas – que os meios materiais sejam usados para que haja uma sociedade de vida digna para todos e não para a acumulação de poucos. Assim contestaria tantas igrejas hoje que pregam a “teologia de retribuição e prosperidade individual”, traços da qual não faltam em alguns grupos dentro da Igreja Católica. Fato é que a busca desenfreada de bens coloca o bem-estar material como centro e finalidade de vida – uma verdadeira idolatria. Isso já foi compreendido mais de duzentos anos antes de Jesus pelo sábio autor de Eclesiastes que escreveu: “Quem gosta de dinheiro nunca se sacia de dinheiro. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é fugaz!” (Ecl 5,9). É preciso buscar em primeiro lugar o Pão descido do Céu, ou seja, o próprio Jesus. Procurar Jesus implica uma opção pela sua pessoa, mensagem e prática. Não é possível ter uma relação verdadeira com Jesus como pessoa, sem assumir a sua prática, atualizada para as condições de hoje. Num âmbito religioso onde muitas vezes se prega um Jesus que deixa passar tudo, leve, alienado e alienante, que não incomoda, este texto nos leva de volta ao Jesus real, que incomodava tanto que no fim desse capítulo é abandonado pelas multidões e finalmente liquidado por um conluio dos poderes políticos, religiosos, econômicos e judiciais. Longe do Jesus “analgésico” tão em voga hoje. João nos assegura que quem vai a Jesus como discípulo “nunca mais terá fome, nunca mais terá sede”. Pois o seguimento de Jesus, apesar de não ser fácil, é capaz de saciar os desejos mais íntimos da pessoa humana, o que a simples posse de bens materiais não é capaz. Nós vivemos num mundo onde nunca houve tanta riqueza, nem tanta pobreza; tanta acumulação e tanta exclusão. Com honestidade, podemos dizer que este modelo globalizado, neoliberal e pós-moderno têm melhorado a qualidade de vida da maioria? Com certeza não. O texto de hoje nos desafia para que re-examinemos a fé que nós temos, a realidade do nosso seguimento de Jesus, as nossas motivações, metas e objetivos de vida. Convida-nos para que coloquemos no centro de nossa existência o projeto de Deus, encarnado em Jesus e continuado nos seus seguidores, de nos alimentarmos com o Pão da Palavra e da Eucaristia, para que tenhamos vontade e força para criarmos o mundo de vida, onde “todos têm a vida e a vida plenamente”! Pai, dá-me sensibilidade para perceber que a presença de Jesus, na nossa história, é a grande obra que realizaste: dar-nos a vida eterna.

*_Comentário do Evangelho: www.cancaonova.com

*_Comentários: Helena Serpa (Blog: https://blogdasagradafamilia.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

📆 *14 de Outubro de 2024 (2a Feira)*

  📆 *14 de Outubro de 2024 (2a Feira)* _ _ _ _ _ _ *SEGUNDA-FEIRA DA XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM* (Cor Verde)  _ _ _ _ _ _ 😇 *Santos do d...