quinta-feira, 9 de junho de 2022

📆 *12 de Junho de 2022 (Domingo)*

 📆 *12 de Junho de 2022 (Domingo)*

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*SANTÍSSIMA TRINDADE* (Branco, Glória, Creio, Prefácio Próprio – Ofício da Solenidade)*

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😇 *Santos do dia* 

S. LEÃO III, PAPA / S. ONOFRE, ANACORETA / OLÍMPIO E IOLANDA.

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⛪ *Antífona de entrada:*

Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santo. Deus foi misericordioso para conosco.

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☀ *Oração do Dia*

Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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📖 *1a Leitura - Provérbios 8, 22-31*

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✉ Leitura do Livro dos Provérbios.

Assim fala a Sabedoria de Deus: 22“O Senhor me possuiu como primícia de seus caminhos, antes de suas obras mais antigas; 

23desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes das origens da terra. 

24Fui gerada quando não existiam os abismos, quando não havia os mananciais das águas,

25antes que fossem estabelecidas as montanhas, antes das colinas fui gerada.

26Ele ainda não havia feito as terras e os campos, nem os primeiros vestígios de terra do mundo.

27Quando preparava os céus, ali estava eu, quando traçava a abóbada sobre o abismo, 

28quando firmava as nuvens lá no alto e reprimia as fontes do abismo, 

29quando fixava ao mar os seus limites — de modo que as águas não ultrapassassem suas bordas — e lançava os fundamentos da terra, 

30eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, 

31brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens”.

 *Palavra do Senhor.*

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↪ *1a Leitura - Provérbios 8, 22-31*

 *Reflexão - “Apologia à sabedoria.”*

“A própria sabedoria, numa belíssima descrição, faz sua apologia e fala da sua participação nas obras do Senhor. Ela é parte da essência de Deus e foi constituída desde a eternidade, por isso, quando Ele preparava os céus e os primeiros vestígios da terra ela já existia. A sabedoria se diz “mestre de obras” da criação de Deus e, como uma pessoa, alegra-se na presença do Senhor e por estar perto dos Seus filhos. Pensar que nós também podemos nos apropriar da Sabedoria, dom do Espírito Santo é para nós um alento que tem poder de esperança eterna. Com o dom da sabedoria nós poderemos fazer proezas e nos tornarmos coparticipantes da criação, contribuindo para a evolução e edificação do reino de Deus aqui na terra. Deus precisa de nós como continuadores da Sua obra e nos dá sabedoria que sejamos fiéis cumpridores dos Seus desígnios para a humanidade. – Você já agradeceu a Deus pelo dom da sabedoria? – Você também se acha participante da criação? – O que você tem feito para que o reino de Deus seja edificado aqui na terra?”

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📖 *Salmo - 8*

🗣 *Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!”*

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1⃣ Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”🗣

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2⃣ Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:🗣

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3⃣ as ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.🗣

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↪ *Salmo - 8*

 *Reflexão* - “Quando contemplamos as obras de Deus, quando vemos a lua e as estrelas que brilham no céu, nós temos consciência do grande apreço do Senhor por nós. Tudo o que Ele criou, Ele o fez por amor ao homem, objeto da Sua afeição. Nós nos admiramos da grandeza de Deus e reconhecemos a nossa limitação, porém Ele se compraz em nos alegrar e nos coroar de glória e esplendor. Nós também somos contemplados por Deus quando nos criou e “viu que tudo era muito bom”

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📖 *2a Leitura - Romanos 5, 1-5* 

✉ Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos: 1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 

2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.

3E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, 

4a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; 

5e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

 *Palavra do Senhor.*

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↪ *2a Leitura - Romanos 5, 1-5*

 *Reflexão - “A esperança não decepciona”*

“Segundo São Paulo a Fé é um instrumento precioso para o nosso crescimento espiritual e nossa evolução humana. Ela é uma ferramenta de conhecimento do Reino e é mais poderosa do que a razão ou o conhecimento intelectual. A fé em Jesus nos justifica diante do Pai e nos dá posse do Reino dos céus. É pela fé que se realizam as coisas e por ela temos acesso à graça de nos gloriarmos até de nossas tribulações. Pela fé nós aprendemos a perceber que os vaivéns da nossa vida são edificantes e produzem em nós frutos que nos sustentam. As tribulações geram em nós a perseverança, porque somos obrigados a assumir os desafios e provar a nossa tenacidade. Daí desabrocha a esperança que é a virtude dos que anunciam que têm fé. A esperança já é prova de fé, pois aquele que tem esperança nunca se decepciona porque é alimentado com o Amor de Deus derramado no coração pelo Espírito Santo que lhe foi dado. Apoiados na esperança nós podemos enfrentar todos os percalços com intrepidez e confiança.”

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🍞🍇 *Evangelho - João 16, 12-15*

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 _Aleluia, aleluia, aleluia._

_Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém. *(Cf. Ap 1, 8)*_

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 *Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo✝ segundo São João.*

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora.

13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.

14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 

15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.

 *Palavra da Salvação.*

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↪ *REFLEXÃO*

 *“O mistério da Santíssima Trindade.”*

“O homem, com sua razão, pode conhecer algumas coisas a respeito de Deus; o que a sua inteligência, no entanto, jamais poderia alcançar, Jesus Cristo cuidou de lhe revelar: Deus é um só, em três Pessoas realmente distintas, Pai, Filho e Espírito Santo. É o dogma da Santíssima Trindade que a liturgia católica propõe à nossa meditação neste Primeiro Domingo depois de Pentecostes. S. Gabriel Arcanjo, ao visitar Nossa Senhora em Nazaré, trouxe-lhe uma notícia que ninguém poderia imaginar. O Filho do Deus excelso, criador do céu e da terra, iria fazer-se homem por meio de uma virgem, sobre a qual viria o Espírito Santo. Ali, nas brevíssimas palavras que compõem a anunciação, é revelado o mistério — escondido desde todos os séculos — da Trindade Santíssima. O anúncio da Encarnação coincide, pois, com a revelação do mais sublime mistério de Deus. É verdade, sim, que em várias páginas do Antigo Testamento essa verdade se encontra como que sugerida, indicada ou insinuada, de forma mais ou menos vaga e remota. No Livro do Gênese, por exemplo, Deus fala muitas vezes em plural (cf. Gn 1, 26; 3, 22; 11, 7); os livros sapienciais, por sua vez, referem-se em inúmeras ocasiões à Sabedoria divina e à sua geração a partir de Javé (cf. Pr 8, 22-24); também o Espírito de Deus aparece em diversas passagens do Texto Sagrado (cf. Gn 1, 2; Sl 50, 13; 103, 30; Sb 1, 7; Is 11, 1s; 61, 1s; 63, 10). Mas é só no Novo Testamento que essa verdade seria posta sob clara luz: o Deus uno, revelado a Israel e ignorado pelos pagãos e politeístas, é trino em pessoas. A Trindade manifesta-se com cada vez mais clareza ao longo de vida de Jesus. Na anunciação, como vimos, aparece o nome das três pessoas divinas (cf. Lc 1, 35). No batismo do Senhor, além disso, toda a Trindade beatíssima comparece: “O Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: ‘Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição’” (Lc 3, 22). Jesus faz questão ainda de referir-se ao Pai na última ceia: “A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou” (Jo 14, 23). E pouco depois, no mesmo sermão aos Apóstolos, acrescenta: “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 26). O episódio da Transfiguração, a fórmula sacramental do batismo, ensinada momentos antes da Ascensão (cf. Mt 28, 19), etc. são outros tantos exemplos em que se atesta com toda clareza a divindade de Cristo, sua filiação ao Pai e a união com o Espírito de ambos. A Igreja nasce, pois, plenamente consciente de que o seu Deus, uno em essência, é também uma Trindade de amor. A falta de categorias filosóficas precisas e de um vocabulário teológico adequado, no entanto, foi uma das causas por que, já nos primeiros séculos, surgiram entre os fiéis algumas heresias contrárias ao dogma trinitário. Basta pensar, por exemplo, no erro de Ário, para quem o Filho não seria de natureza divina, mas uma criatura muito elevada subordinada ao Pai. Também os pneumatômacos, embora admitissem a existência do Espírito Santo, negavam-lhe a divindade. Para confutar estes e outros desvios doutrinários, a Igreja, por meio do seu Magistério com o auxílio de doutores e teólogos, foi polindo a sua linguagem até estabelecer, de modo preciso e claro, os termos em que se deve entender e transmitir o mistério da Santíssima Trindade. Essa precisão terminológica, posta a serviço da verdade, se deu sobretudo nos dois primeiros Concílios Ecumênicos: o de Nicéia, celebrado em 325, e o de Constantinopla, reunido poucos anos depois, em 381. Nestes dois Concílios, estabeleceu-se a linguagem canônica que a Igreja passou a utilizar para exprimir sua fé na Santíssima e augusta Trindade. Aí teve origem, depois de sessenta anos de intensos debates teológicos, o chamado Credo niceno-constantinopolitano, que costumamos recitar nas Missas de domingo. Mas como o cristão, afinal, deve expressar sua fé trinitária? A Igreja nos ensina a esse respeito que em Deus há uma só natureza ou essência divina, de infinita simplicidade e perfeição; não existem, pois, nem duas nem três naturezas ou essências divinas, mas uma só, de sorte que não existe nem pode existir mais do que um só Deus. Acontece, porém, que essa única natureza divina é “compartilhada” por três pessoas, não no sentido de que cada uma delas fique apenas com uma “parte” ou “porção” da essência comum. Não: as três pessoas divinas, Pai, Filho e Espírito Santo, comungam da mesma natureza com plena e perfeita igualdade: não há, no seio da Trindade, um mais e um menos; todos os três são, portanto, plenamente Deus. Ouçamos o que diz um teólogo (Antonio R. Marín, Teología de la Perfección Cristiana) acerca desse mistério inefável da vida íntima de Deus: Deus é Pai. Tem um Filho, engendrado por Ele no eterno hoje de sua existência. Contemplando-se a si mesmo no espelho puríssimo de sua divina essência, o Pai gera uma Imagem perfeitíssima de si mesmo, que o expressa e reproduz em toda a sua divina grandeza e imensidade. Imagem perfeitíssima, Verbo mental, Idéia, Protótipo, Palavra vivente e substancial do Pai, constitui uma segunda pessoa em tudo igual à primeira, excetuando a oposição real de paternidade e filiação, que faz com que a primeira seja Pai e a segunda, Filho. […] Por isso, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Filho ou Verbo do Pai, é Deus como o Pai, possui juntamente com Ele e o Espírito Santo a plenitude da divindade. É Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, como dizemos no Credo da Missa. O próprio Cristo o proclamou abertamente ao dizer: “O Pai e Eu somos um” (Jo 10, 30).A terceira pessoa da Santíssima Trindade recebe na Sagrada Escritura e na tradição cristã o nome misterioso de Espírito Santo. Ele é o laço de união entre o Pai e o Filho, o Amor subsistente que os abraça e consuma na unidade. O Pai, com efeito, vendo refletido em sua própria divina essência o seu Verbo divino, que é a Imagem perfeitíssima de si mesmo, o ama com um amor sem limites. E o Verbo, que é a Luz do Pai, seu Pensamento eterno, sua Glória, sua Beleza, o Esplendor de todas as suas perfeições infinitas, devolve a seu Pai um amor semelhante, igualmente eterno e infinito. E ao encontrar-se a corrente impetuosa de amor que brota do Pai com a que brota do Filho, jorra, por assim dizer, uma torrente de chamas, que é o Espírito Santo: amor único, embora seja mútuo, vivente e subsistente; abraço, vínculo, beijo inefável que consuma o Pai e o Filho na unidade do Espírito Santo.”

*_Comentário do Evangelho: Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/)_

*_Outros Comentários: Helena Serpa (Blog: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com/)_


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